O
Ministério Público aponta Jair Bolsonaro como beneficiário direto das supostas
ações do filho. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente
teria afirmado ser "o responsável financeiro" pela permanência de
Eduardo em solo americano — dado que sustenta a tese de que ele patrocinou as
investidas internacionais contra o andamento das investigações no Brasil.
Além do depoimento de Jair Bolsonaro, Moraes determinou que Eduardo Bolsonaro também seja ouvido. Licenciado do cargo e residindo atualmente nos Estados Unidos, o deputado poderá enviar suas respostas por escrito. O ministro do STF solicitou ainda que o Ministério das Relações Exteriores indique quais diplomatas brasileiros estão aptos a depor sobre as supostas articulações de Eduardo em território americano.
Na última segunda-feira (2), o primeiro depoimento relacionado ao caso foi prestado pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara. Ele é o autor da representação que motivou o pedido de investigação. Aos investigadores, o deputado declarou que Eduardo tem promovido atos para "intimidar" e "depredar simbolicamente" o STF e outras instituições que atuam no esclarecimento da tentativa de golpe.
Lindbergh
também solicitou o bloqueio de bens e contas de Jair Bolsonaro. "Isso é um
golpe continuado", afirmou o parlamentar, referindo-se ao apoio material
do ex-presidente à permanência do filho nos Estados Unidos.
A
apuração, que pode agravar a situação de Bolsonaro na ação penal que responde
no STF, se soma a outras frentes de investigação contra o ex-mandatário e seus
aliados, envolvendo a atuação da Polícia Federal, do Ministério Público e do
Judiciário. (JB - Por Guilherme Levorato)
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