Os dois componentes, juntos, garantem um aumento
real do piso, diferente da política dos governos anteriores para o salário
mínimo, de Michel Temer e Jair Bolsonaro, quando o reajuste era feito
somente pela inflação.
"Esse modelo teve efeitos adversos sobre o
poder de compra em contexto de inflação relativamente elevada", disse o
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese), em nota técnica
sobre o novo mínimo.
"Enquanto os preços avançavam continuamente, a
recomposição salarial ocorria apenas uma vez, no reajuste anual, fazendo com
que o salário mínimo real se deteriorasse". O órgão acrescentou que,
somente a reposição da inflação, entre 2020 e 2022, não foi suficiente para
diluir o impacto dos preços dos alimentos, que subiram acima da média, pesando
de forma desproporcional no rendimento das famílias pobres.
O salário mínimo é a menor remuneração que um
trabalhador formalizado pode receber no país e deve ser suficiente para atender
a necessidades vitais básicas próprias e de sua família, como moradia,
alimentação, saúde, lazer, higiene e transporte, de acordo com a Constituição
Federal.
Com essa intenção, de acordo com o Dieese, a mínimo
mensal de uma família de quatro pessoas no Brasil deveria ser de R$ 7.067,18,
em novembro de 2025, o equivalente a 4,3 vezes o novo piso do mínimo nacional
em janeiro de 2026.
De acordo com o departamento, cerca de 62 milhões
de brasileiros recebem o mínimo. Com o reajuste para R$ 1,621, o incremento na
economia será de R$ 81,7 bilhões.
(Ag. Brasil)

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