quarta-feira, 6 de junho de 2012

Por mais médicos, governo criará 2.415 vagas de medicina em universidades


No dia em que a greve dos docentes de instituições de ensino superior completou 20 dias, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou a criação de 2.415 vagas de medicina em universidades federais e particulares.

Até o fim de 2013, o ministério quer garantir a oferta de 1.615 oportunidades em instituições públicas, sendo 355 nos cursos já existentes e 1.260 em novos. As privadas ficam responsáveis por 800 postos. Atualmente, o país tem 16.468 vagas em medicina. As novas medidas representam um crescimento de 15% deste total.

O plano do MEC para ampliar a formação de médicos no país é uma resposta aos dados alarmantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) que revelam que o Brasil tem hoje 1,8 médicos por mil habitantes. Países latino-americanos como Uruguai e Argentina têm mais de 3 médicos por mil habitantes.

Segundo o ministro, a expansão vai priorizar regiões como Norte e Nordeste, que têm carência de profissionais. Atualmente, o Distrito Federal é a unidade da Federação com o maior índice de médicos por mil habitantes — 3,7. Na lanterna do ranking estão Rondônia, Amapá, Piauí, Acre, Pará e Maranhão, que apresentam números abaixo de um médico por mil habitantes (ver arte).

Mercadante reconheceu que o problema não é só a quantidade de médicos, mas a distribuição dos profissionais no território. Segundo ele, a alocação de profissionais da saúde é de responsabilidade do ministério, que estuda formas de estimular a permanência dos profissionais em cidades do interior.

“Não basta simplesmente uma política de interiorização das faculdades de medicina, é preciso uma política para atrair esses profissionais para onde há baixa disponibilidade no serviço de saúde”, avaliou. (Ag.  Estado)

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