No dia em que a greve dos docentes de instituições
de ensino superior completou 20 dias, o ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, anunciou a criação de 2.415 vagas de medicina em universidades
federais e particulares.
Até o fim de 2013, o ministério quer garantir a
oferta de 1.615 oportunidades em instituições públicas, sendo 355 nos cursos já
existentes e 1.260 em novos. As privadas ficam responsáveis por 800 postos.
Atualmente, o país tem 16.468 vagas em medicina. As novas medidas representam
um crescimento de 15% deste total.
O plano do MEC para ampliar a formação de médicos
no país é uma resposta aos dados alarmantes da Organização Mundial de Saúde
(OMS) que revelam que o Brasil tem hoje 1,8 médicos por mil habitantes. Países
latino-americanos como Uruguai e Argentina têm mais de 3 médicos por mil
habitantes.
Segundo o ministro, a expansão vai priorizar
regiões como Norte e Nordeste, que têm carência de profissionais. Atualmente, o
Distrito Federal é a unidade da Federação com o maior índice de médicos por mil
habitantes — 3,7. Na lanterna do ranking estão Rondônia, Amapá, Piauí, Acre,
Pará e Maranhão, que apresentam números abaixo de um médico por mil habitantes
(ver arte).
Mercadante reconheceu que o problema não é só a
quantidade de médicos, mas a distribuição dos profissionais no território.
Segundo ele, a alocação de profissionais da saúde é de responsabilidade do
ministério, que estuda formas de estimular a permanência dos profissionais em
cidades do interior.
“Não basta simplesmente uma política de
interiorização das faculdades de medicina, é preciso uma política para atrair
esses profissionais para onde há baixa disponibilidade no serviço de saúde”,
avaliou. (Ag. Estado)
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