O
estudo apontou, ainda, que cerca de três a cada dez usuários de internet de
nove a 17 anos têm responsáveis que usam recursos para bloquear ou filtrar
alguns tipos de sites (34%); para filtrar aplicativos baixados (32%), que
limitam pessoas que entram em contato por chamadas de voz ou mensagens (32%);
que monitoram sites ou aplicativos acessados (31%); que bloqueiam anúncios
(28%); alertam sobre o desejo de fazer compras em aplicativos (26%); e que
restringem o tempo na internet (24%).
"Assim
como ensinamos nossas crianças a não falar com estranhos na rua, temos que
agora ensiná-las a como se comportar na internet. Atualmente, pais e
responsáveis devem trabalhar no letramento digital, supervisionando as
atividades e ensinando dinâmicas mercadológicas, pois o uso inadequado da
internet pode gerar um meio propício para o adoecimento físico e mental",
disse, em nota, Valdir Gugiel, diretor do Centro Marista de Defesa da Infância
e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Santa
Catarina.
Ele
acrescenta que, atualmente, quando se trata de infância e juventude, é
necessário promover um debate sobre o uso consciente de telas e dispositivos e a
violência no ambiente digital.
Ofensas
Ainda
segundo a TIC Kids Online, entre os usuários de nove a 17
anos, 29% contaram ter passado por situações ofensivas, que não gostaram ou os
chatearam no ambiente digital. Desses, 31% relataram sobre o que aconteceu para
seus pais, mães ou responsáveis; 29% para um amigo ou amiga da mesma idade; 17%
para irmãs, irmãos ou primos; e 13% não revelaram para ninguém.
A
gerente do Centro Marista de Defesa da Infância, Bárbara Pimpão, explica que
alguns casos de situações ofensivas na internet podem evoluir para cyberbullying [violência
virtual que ocorre geralmente com as pessoas tímidas e indefesas].
"Crianças
e adolescentes que estão sendo expostas repetidamente a mensagens que têm o
objetivo de assustar, envergonhar ou enfurecer podem sofrer consequências
psicológicas, físicas e sociais, como baixa autoestima, depressão, transtornos
de ansiedade e insônia", disse, em nota.
A
entidade apontou as seguintes dicas e cuidados para os responsáveis em relação
ao acesso de crianças e adolescentes a ferramentas digitais:
1.
Fazer monitoramento e controle parental do telefone celular.
2.
Ficar alerta a situações ofensivas.
3.
Explicar sobre perigos do contato com estranhos.
4.
Conversar sobre o uso excessivo da internet.
5.
Acessem juntos conteúdos para conscientização.
(JB/Ag. Brasil)
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