Para o ministro, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo são “traidores do Brasil” e buscam “ganhos eleitorais” com as sanções impostas pelos EUA ao país.
“Há quanto tempo não se vê um traidor agindo em detrimento dos
interesses nacionais? Há muito tempo! Em uma entrevista ao Painel S/A da Folha
de S.Paulo [...] um brasileiro [Paulo Figueiredo] dizendo ‘nós vamos dobrar a
aposta contra o Brasil’. Imagina uma situação semelhante na tua vida pessoal: a
tua família está sendo atacada e tem membros da sua família torcendo para quem
está atacando a sua família. É isso que está acontecendo no Brasil”, disse o
ministro da Fazenda em entrevista à rádio Itatiaia.
“Querer sabotar a economia brasileira para ter bônus eleitoral... as pessoas estão atentas a isso. Nós precisamos falar o português claro: não adianta querer esconder, querer botar no colo de quem quer que seja. Está aí pra todo mundo ver”, concluiu Fernando Haddad.
Haddad humilha Nikolas Ferreira em debate sobre Pix e Trump
O ministro da Fazenda também humilhou o deputado federal Nikolas Ferreira
(PL-MG) ao falar sobre a investigação aberta pelo presidente dos EUA, Donald
Trump, contra práticas comerciais do Brasil consideradas "desleais",
e que mira, entre vários setores, as transações via Pix, tão
"defendidas" pelo deputado mineiro em vídeo que viralizou em janeiro
de 2025.
De maneira irônica, Haddad afirmou que Trump pode realizar o sonho de Nikolas Ferreira: "O presidente de um país querer taxar o Pix de outro país. Quer dizer, além de taxar as exportações, ele vai taxar o Pix? Porque ele vai encarecer os custos de transação financeira no Brasil, ele [Trump] vai realizar o sonho do Nikolas [Ferreira] de taxar o Pix."
Bolsonaro 'vai virar série
de TV'
Fernando Haddad aproveitou a ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, contra o governo brasileiro, para impor uma das maiores humilhações a
que Jair Bolsonaro já foi submetido publicamente.
Em
entrevista ao jornal Estadão nesta quinta-feira (17), Haddad escancarou o
viraltismo de Bolsonaro ao evidenciar que o ex-presidente, apesar de seu
passado militar, se porta como um "soldado" diferente de qualquer
outro já visto. Isso porque o ex-mandatário, prestes a ser preso, é o pivô das
tarifas de 50% impostas por Trump às exportações brasileiras aos EUA.
Trump
impôs as tarifas como forma de intimidar o governo brasileiro e coagir o
judiciário, com o claro intuito de livrar Bolsonaro da prisão. O movimento
atende a um pleito do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que desde
o início do ano está vivendo nos EUA, obviamente a mando de seu pai, para
articular tais retaliações ao Brasil.
Haddad
foi cirúrgico ao apontar que, ao contrário de um soldado patriota, Bolsonaro se
comporta como um soldado às avessas: em vez de se sacrificar pelo país,
sacrifica o país por si mesmo.
"A própria extrema direita brasileira vai se dar conta de que
isso [articular sanções dos EUA contra o Brasil] é um tiro no pé. Eu já vi
soldado – a gente já viu em filme de guerra – se sacrificar por um país. Isso é
coisa rotineira. Mas um soldado sacrificar o seu país por si mesmo é uma coisa
que vai dar uma série de TV, não é possível uma coisa dessa. Nós vamos
sacrificar o Brasil por causa do Bolsonaro? Ele que devia estar se sacrificando
pelo Brasil", disparou o ministro.
"Nós
estamos numa inversão de valores tão grande que preocupa o grau de falta de
noção dessa família do mal que ela está fazendo com o país. Uma família que
está toda articulada em torno de si mesma. E não tem uma palavra de nenhum
membro dessa família em proveito do país. Eu não conheço paralelo na história
de uma família ser um problema para o país inteiro e não fazer um gesto diante
do caos que eles estão gerando e do pavor que eles estão gerando em segmentos
econômicos importantes, inclusive que apoiaram a sua eleição em 2018",
prosseguiu Haddad.
(JB)
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