Por
solicitação do vereador e advogado José Oswaldo Balrreira Soares Jr. (Júnior
Balreira - PMDB), foi realizada na segunda-feira, 28, uma Audiência Pública a grande incidência de casos da Leishmaniose
visceral (Calazar)) no município de Sobral. Lá esteve
o Dr. Raimundo Vieira Neto, Gerente do Centro de
Zoonoses local, que mostrou a real situação e que a mesma merece mais ações, envolvendo
autoridades sanitárias e toda a população. Falou também do que tem feito a Zoonoses e
insistiu na necessidade da colaboração de todos. Infelizmente, apesar
da boa vontade e do esforço do Dr. Neto, vejo com desânimo a luta em Sobral
travada contra o Calazar, uma vez que se nota que A PREOCUPAÇÃO MAIOR AINDA É ELIMINAR CÃES DOENTES E NÃO O MOSQUITO.
Há meses senti na alma a dor de
levar meu cão (foto) para ser sacrificado, apesar de muito tentar a cura ou
prolongar sua vida. A eutanásia feita por especialista, o que aconselho a quem
puder pagar, foi motivada pelo Calazar (Leishmaniose visceral). Sem muito
esforço vem-me à mente mais de uma dezena de famílias sobralenses que também
perderam seus animais e, como a minha, sentiram a mesma angústia.
Outras
certamente sentirão, caso providências eficazes e urgentes não sejam adotadas.
Fonte fidedigna me informou que também é grande, e aumenta, o número de
crianças com Calazar na região. Notifiquei o óbito do meu animal ao Centro de
Zoonoses local, visando resguardar minha família e muitas outras, bem como
tentando colaborar com o Órgão. Dias depois a equipe preparou armadilhas e constatou
a presença do mosquito em minha residência, que passou por minuciosa
borrifação/desinfecção. Fiz minha parte. Segundo a zoonoses, toda a área
deveria passar por uma desinfecção. Só que alguns moradores não permitiram.
É preocupante o relativo silêncio
das autoridades sanitárias, mesmo diante dos inúmeros casos de cães
contaminados em vários pontos da cidade, pessoas já com a doença e da morte do
Sr. Abelardo Ferreira Gomes, 76, borracheiro, ocorrida em janeiro deste ano. A
falta de ações mais efetivas sinaliza para a possibilidade de que a
Leishmaniose visceral esteja sendo negligenciada no município. Se a população
CALA, AZAR dos bichinhos. Ledo engano. Todos nós estamos ameaçados, já que o
flebótomo (mosquito transmissor) passeia livremente por aí.
Um privilegiado. É o que deduzo ser, para nosso azar, o
Lutzomyia longipalpis (foto), transmissor do calazar. Justifico: Enquanto o Aedis
Aegypti (da dengue) é diligentemente caçado, o outro (do calazar) caça e ataca suas vítimas sem
nenhuma perturbação. Se a dengue pode matar e já matou em Sobral, o calazar
também. Por que, então, tratamento tão desigual para ambas as doenças, Sr.
Secretário de Saúde? A luta contra o calazar também garantirá o mesmo reconhecimento
dado ao excelente trabalho contra a dengue. Dependerá de suas ações. Sugestão:
Basta inspirar-se no saudoso cientista Dr. Thomaz Corrêa Aragão (Ipu-CE,
16.08.1910 – Sobral-CE, 13.10.1998).
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