De início, faz-se necessário dizer que esses vasilhames são feitos para armazenar líquidos, principalmente água. Assim, o miolo do pote é a água – mole e sem solidez. Portanto, conversar miolo de pote é conversar água, soltar conversa mole, sem fundamento.
Infelizmente, devido à falta de homens sérios e comprometidos em resolver os problemas da população, em muitas regiões do nordeste o miolo de pote tem deixado de ser a água. Mas esses homens públicos jamais deixarão de conversar água e de fazer promessas que não cumprem. Por aqui (Sobral) frequentemente também está faltando o mole de pote, mas a conversa mole, não.
Através do rádio e dos jornais locais, o dirigente do SAAE e autoridades da prefeitura vêm inundando os domicílios sobralenses com “conversa de miolo de pote”. Propósito: Justificar a constante falta d´água em alguns locais de Sobral e distritos. Por outro lado, a escassez do verdadeiro miolo de pote (água) continua obrigando a população a madrugar. Pra quê? Para encher caixas, potes, jarras, tanques, garrafas e outros reservatórios durante a meteórica aparição do precioso líquido.
E, por várias vezes, o SAAE ainda tem o desplante de sugerir que a imprensa previna a população para um possível racionamento. É querer brincar com a paciência do consumidor e com a inteligência do comunicador!
Isso ocorre porque há anos o órgão abastecedor não consegue acompanhar a demanda ocasionada pelo rápido avanço populacional. Não dá outra: Sem investimento no setor, mais o aumento de pessoas para consumir, tome falta d´água. Insistirei nessa cobrança. Enfim, água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
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