O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou o Cadastro de
Empregadores flagrados explorando mão-de-obra análoga à escrava no país.
Conhecido como "Lista Suja", o Cadastro apresenta 52 inclusões e
passa a conter 294 infratores, entre pessoas físicas e jurídicas, número
recorde. Apenas dois nomes foram retirados da lista, após comprovarem
terem cumprido os requisitos para a exclusão.
“Nunca tivemos tantos empregadores irregulares ao mesmo tempo. Estamos
atuando no trabalho escravo urbano, pois temos empregadores infratores
também nesse meio. Nosso compromisso em 2012 é intensificar a atuação
nessa área”, destacou o chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação
do Trabalho Escravo do MTE, Alexandre Rodrigo Teixeira da Cunha Lyra.
Para coibir o uso ilegal de mão-de-obra análoga a de
escravo, o governo criou em 2004 um cadastro onde figura os empregadores
flagrados praticando a exploração. Ao ser inserido nesse cadastro, o infrator
fica impedido de obter empréstimos em bancos oficiais do governo e também entra
para a lista das empresas pertencentes à "cadeia produtiva do trabalho
escravo no Brasil".
O cadastro é utilizado pelas indústrias, varejo e exportadores para a aplicação de restrições e não permitir a comercialização dos produtos advindos do uso ilegal de trabalhadores.
O cadastro é utilizado pelas indústrias, varejo e exportadores para a aplicação de restrições e não permitir a comercialização dos produtos advindos do uso ilegal de trabalhadores.
A lista passa por atualizações maiores a cada seis
meses. Os nomes são mantidos por dois anos e, caso o empregador não volte a
cometer o delito e tenha pago devidamente os salários dos trabalhadores, o
registro é excluído. A inclusão
do nome no Cadastro ocorre após decisão administrativa relativa ao auto de
infração, lavrado em decorrência de ação fiscal, em que tenha havido a
identificação de trabalhadores submetidos ao “trabalho escravo”.
As novas inclusões foram efetuadas com base em
pesquisas realizadas no Sistema de Acompanhamento de Combate ao Trabalho
Escravo (SISACTE);
consultas no Controle de Processos de Multas e de Recursos (CPMR) e no Setor de Multas e Recursos (SEMUR) das Superintendências Regionais do
Trabalho e Emprego - (SRTE), além de consultas a banco de dados do governo
federal, como o da Procuradoria da Fazenda Nacional.
As exclusões derivaram do monitoramento pelo período de dois anos da data da
inclusão do nome do infrator no Cadastro, verificadas a não reincidência na
prática do “trabalho escravo”; do pagamento das multas resultantes da ação
fiscal, bem como da comprovação da quitação de eventuais débitos trabalhistas e
previdenciários.
Grupo Móvel - O Grupo Especial de
Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou, até o
dia 29 de dezembro, 2.271 pessoas encontradas em situação degradante de
trabalho em 158 operações em 2011. Foram pagos mais de R$ 5,4 milhões em
indenizações trabalhistas, e inspecionados 320 estabelecimentos, segundo dados
da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae). Entre
o período de 1995
a2011, já foram resgatados 41.451 trabalhadores em todo o
país, totalizando 1.240 operações.
“Estamos acompanhando o segundo plano de erradicação do trabalho escravo. É uma
ótima iniciativa e temos números bem satisfatórios nesse enfrentamento. O
quadro geral, que engloba tanto a Secretaria de Inspeção do Trabalho como as
Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego, mostra que foram bem mais de
2.200 trabalhadores resgatados em2011” ,
avalia Lyra.
O Ministério do Trabalho e Emprego tem atuado de
forma intensa no combate ao trabalho escravo. As denúncias relacionadas a esse
tipo de atividade são recebidas diretamente pela Secretaria de Inspeção, pelas
Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego ou pelas diversas
instituições parceiras, como a Comissão Pastoral da Terra, Ministério Público
do Trabalho, Ministério Público Federal e Departamento de Polícia Federal,
dentre outros. (Com informações do Ministério do Trabalho e Emprego)

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