Segundo informações repassadas pela Assessoria de Imprensa da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA), o estudo
epidemiológico sobre Acidente Vascular Cerebral (AVC) realizado pelo Comitê
Estadual de Atenção ao AVC da SESA foi destaque na
edição de dezembro da revista Stroke, publicação da associação norte-americana
de cardiologia (American Heart Association).
Além da publicação do estudo, que
objetiva descrever a frequência de fatores de risco, padrões de assistência, e
os resultados em pacientes internados por AVC em Fortaleza, a publicação dedica
editorial à experiência. “O sucesso da implementação de estratégias em direção
a esses objetivos resultará em menor número e menos acidentes vasculares
cerebrais incapacitantes”, avalia o editorial. “Como tal, o artigo tem o
potencial de influenciar os formuladores de políticas de impacto na vida dos
pacientes com AVC não só em Fortaleza, mas globalmente”, conclui.
O Programa de Atenção Integral e Integrada ao AVC no
Estado do Ceará é o único do tipo no Brasil aprovado pelo Conselho Estadual de
Saúde. Segundo o diretor da Unidade de AVC do HGF, o neurologista João José de
Carvalho. O programa, desenvolvido nas vertentes epidemiológica, assistencial e
educativa, iniciou as ações de vigilância epidemiológica em 2006, com o
georreferenciamento de todas as mortes por AVC em Fortaleza. Em 2009 foi
iniciado o estudo hospitalar, envolvendo 19 hospitais da Capital. Identificados
por concentrar mais de 90% das mortes por AVC, esses hospitais são visitados
por uma equipe de seis pesquisadores que fazem a busca ativa de novos casos. Já
são 4.044 casos investigados. O marco do programa foi a inauguração, em outubro
de 2009, da Unidade de AVC do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), que atendeu
1.400 pacientes no primeiro ano de funcionamento.
Os pacientes tiveram acesso
ao tratamento trombolítico e exames modernos como a tomografia realizada pelo
tomógrafo multi-slice, que realiza o exame em apenas 5 segundos.
A Unidade de AVC do Hospital Geral de Fortaleza, com
pouco mais de dois anos de funcionamento, reduz em 30% a mortalidade causada
pela doença. Em seu primeiro ano de funcionamento, a Unidade de AVC do HGF
evitou cerca de 300 mortes e deixou 400 pacientes livres de sequelas graves,
consideradas incapacitantes. É a maior unidade de AVC do país, com 20 leitos. A
estruturação da Unidade de AVC do HGF foi uma decisão do Governo do Estado que
contempla a prioridade da Secretaria da Saúde na atenção aos pacientes
acometidos pela doença que mais mata no Estado, com 4.208 óbitos registrados
por ano, segundo o Núcleo de Informação e Análise em Saúde da Sesa.
A Secretaria da Saúde do Estado e a Sociedade
Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, de São Paulo, renovaram em
2011 o convênio para a conclusão, até 2014, do Atlas da Saúde, o maior estudo
epidemiológico do Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Brasil. O Atlas da Saúde,
iniciado em 2009, identifica, através do georreferenciamento, a distribuição e
contextualização da ocorrência do AVC na cidade de Fortaleza, através da
segmentação econômico-cultural-social dos fatores de risco.
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