Pensar que negociar por conta própria é para todo mundo e achar
que vai conseguir o mesmo que outras pessoas bem sucedidas. Este tem sido um
dos motivos da ruína de muita gente que se aventura a fundar um comércio ou uma
indústria e tem de disputar espaço num mercado altamente competitivo como é o
brasileiro. Mas a causa principal se prende ao fato de esses novos
empreendedores não contarem com nenhuma experiência por serem oriundos de
atividades diferentes e, principalmente, por não procurarem apoio técnico. É aí
que se vão, muitas vezes, as economias e um patrimônio conquistados durante uma
vida inteira.
O número de empresas com falências requeridas teve a segunda alta
consecutiva no mês de fevereiro, segundo levantamento divulgado hoje (5) pela
empresa de consultoria Serasa Experian. Em todo o país foram feitos 152
pedidos, 24 a mais do que o registrado em janeiro e 32 acima do apurado em
dezembro. Em fevereiro de 2011, foram registrados 134 pedidos de falência. As micro e pequenas empresas lideraram o número de
pedidos em fevereiro deste ano, com 79 dos 152 registros no mês. Médias e
grandes empresas, respectivamente, tiveram 46 e 27 requerimentos cada.
As falências decretadas também apresentaram alta. Em
fevereiro foram 45, ante 33 em janeiro. Porém, se comparado ao mesmo mês do ano
anterior, houve redução. No segundo mês de 2011 foram 64 decretos, 19 a mais do
que o registrado em 2012. As micro e as pequenas empresas também aparecem na
primeira posição do ranking de falências decretadas, com 35 das 45
sentenças dadas no mês. Médias empresas tiveram nove decretos e grandes, apenas
um.
Segundo os economistas da Serasa, o aumento da
inadimplência das empresas, sobretudo por meio de protestos, indica que o
requerimento de falências vem sendo utilizado como forma de cobrança. Eles
salientam que a inadimplência sobe em razão da menor capacidade de gerar
receitas para pagar as dívidas assumidas, consequência da baixa atividade
econômica e dos juros ainda elevados. Além disso, a inadimplência do consumidor
influencia diretamente no caixa dos negócios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário