A luta continua
Aconteceu
no dia 8 de março de 1857, numa fábrica de tecidos de Nova Iorque, Estados
Unidos da América. Cento e vinte e nove mulheres organizavam uma greve
reivindicando uma jornada de 10 horas de trabalho por dia e equiparação
salarial com os homens que desempenhavam igual função. Reprimidas pela polícia,
foram refugiar-se na própria fábrica. De forma brutal, os patrões e a polícia trancaram
as portas e atearam fogo, matando todas carbonizadas.
Essa
infeliz ocorrência superou todos os outros acontecimentos desagradáveis e
violentos que desencadearam na criação do Dia Internacional da Mulher em 1910,
numa Conferência em Copenhagen - Dinamarca. A data é mundialmente lembrada no 8 de março
com homenagens e questionamentos sobre a situação da mulher na atualidade.
Muita
coisa já foi conquistada, mas erra quem diz que desapareceram as perseguições,
as discriminações, as agressões e os crimes contra a mulher. Erra quem defende
não mais existirem patrões e patroas cruéis. Erra também quem ignora que o
contrário disso (bons patrões e boas patroas) ainda exista.
Apesar
das diversas conquistadas, muitos outros direitos ainda exigem muita reivindicação
e acompanhamento permanentes para que sejam respeitados. Citando apenas alguns:
aplicação efetiva de leis, principalmente a Maria da Penha, e de outras que sugerem
igualdade salarial entre os sexos, fim do assédio moral e sexual no trabalho e
mais oportunidades de ascensão no trabalho, dentre outros. Vale destacar que
igual ou maior esforço merece ser dedicado aos direitos das trabalhadoras
autônomas e domésticas. Essas continuam sendo massacradas pela falta de
“humanidade” dos patrões e pela falta do efetivo cumprimento da lei (assinatura
da CTPS) que as ampara no âmbito trabalhista.
Infelizmente
as conquistas continuam sendo à custa de muita luta e demoradas por causa da falta
de mais união do gênero (mulheres). Explica-se: Elas são em maior número que os
homens no mundo como um todo e em muitos países, como Brasil; em muitos
estados, como Ceará; e em Sobral, como em muitos outros municípios. Mas falta
algo muito importante. É uma pena ainda não terem atentado para a força que
poderão ter, caso resolvam se unir. Mas fica o alerta.
Enquanto
isso não é possível, que sejam verdadeiras as promessas de questionamento dos
temas acima elencados e as promessas de luta em favor da mulher. De modo
especial por parte dos que estarão enviando os mais belos buquês de flores,
presentes, cartões de felicitações ou fazendo as mais belas declarações.
Que
na quarta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, elas tomem para si o exemplo
de grandes companheiras que com seu trabalho, sua coragem e determinação,
muitas vezes à custa de suor, lágrimas, sangue e até da própria vida abriram
novos caminhos para as demais, ampliando-lhes os horizontes para novas
conquistas.
Homenagem
apenas será muito pouco. Que também lhes sejam oferecidos carinho, respeito,
consideração e a eterna gratidão. Enfim, além da importância do trabalho delas,
sua presença fala muito alto, pois mais da metade da população mundial é
composta por elas. E o que sobra veio delas. Que a maior das mulheres, Nossa
Senhora, proteja a todas!
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Questão de número
Segundo
o Censo 2010 Sobral tem 188.233 habitantes, dos quais 91.462 são homens e
96.771 são mulheres. Unidas, poderiam até eleger prefeito (a) e vários (as) vereadores (as).
Questão de gênero
As palavras bancada,
política, câmara e mulher são do gênero feminino. Mas na bancada política da
Camara não há mulher: são todos do gênero masculino. Prova incontestável da
falta de união delas em Sobral.
Questão de grau
Conscientização do
seu potencial é o que está faltando às sobralenses. Resolvida a questão do grau (de conscientização) as
demais estarão resolvidas.
Jogo aberto
Com nomes, números e
algo mais. É como o presidente da Câmara de Vereadores de Sobral, Dr. João
Alberto Adeodato Jr. (foto), tem tratado a falta da devida atenção e do respeito do Executivo
e alguns de seus integrantes para com o Legislativo e a população. Que mais
vozes se unam à do presidente. Em nome da honra dos representantes (vereadores)
e para o bem dos representados (povo).
Apito final
Por conta desse
impasse, Dr. João até já questionou o papel do vereador, perguntando: “Para que
serve esse parlamentar se suas prerrogativas e seus pleitos são ignoradas pelo
Executivo?”. Com esse posicionamento, o presidente e quem com ele concorda
estão mostrando claramente quais são as regras atualmente praticadas na
política local. Está nas mãos de cada sobralense a decisão de deixar ou não alguém
continuar ditando-as sem ser incomodado e que pouco mais de uma dezena permanece
sendo seus eternos submissos. Que no dia do apito final (eleições) cada um cumpra
seu dever, expulsando quem realmente merece. Só estou aguardando a hora.
Pérolas do Rádio
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informado, em dia com o que acontece, escute comunicador que procura
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Cuidado com os que dizem: estar em dias e às custas. Falando
assim, eles induzem o ouvinte a também tropeçar na Língua Portuguesa.
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