sexta-feira, 2 de março de 2012

Poucas & Boas (Coluna do Correio da Semana - 03.03.12)


A luta continua

Aconteceu no dia 8 de março de 1857, numa fábrica de tecidos de Nova Iorque, Estados Unidos da América. Cento e vinte e nove mulheres organizavam uma greve reivindicando uma jornada de 10 horas de trabalho por dia e equiparação salarial com os homens que desempenhavam igual função. Reprimidas pela polícia, foram refugiar-se na própria fábrica. De forma brutal, os patrões e a polícia trancaram as portas e atearam fogo, matando todas carbonizadas.

Essa infeliz ocorrência superou todos os outros acontecimentos desagradáveis e violentos que desencadearam na criação do Dia Internacional da Mulher em 1910, numa Conferência em Copenhagen - Dinamarca.  A data é mundialmente lembrada no 8 de março com homenagens e questionamentos sobre a situação da mulher na atualidade.

Muita coisa já foi conquistada, mas erra quem diz que desapareceram as perseguições, as discriminações, as agressões e os crimes contra a mulher. Erra quem defende não mais existirem patrões e patroas cruéis. Erra também quem ignora que o contrário disso (bons patrões e boas patroas) ainda exista.

Apesar das diversas conquistadas, muitos outros direitos ainda exigem muita reivindicação e acompanhamento permanentes para que sejam respeitados. Citando apenas alguns: aplicação efetiva de leis, principalmente a Maria da Penha, e de outras que sugerem igualdade salarial entre os sexos, fim do assédio moral e sexual no trabalho e mais oportunidades de ascensão no trabalho, dentre outros. Vale destacar que igual ou maior esforço merece ser dedicado aos direitos das trabalhadoras autônomas e domésticas. Essas continuam sendo massacradas pela falta de “humanidade” dos patrões e pela falta do efetivo cumprimento da lei (assinatura da CTPS) que as ampara no âmbito trabalhista. 

Infelizmente as conquistas continuam sendo à custa de muita luta e demoradas por causa da falta de mais união do gênero (mulheres). Explica-se: Elas são em maior número que os homens no mundo como um todo e em muitos países, como Brasil; em muitos estados, como Ceará; e em Sobral, como em muitos outros municípios. Mas falta algo muito importante. É uma pena ainda não terem atentado para a força que poderão ter, caso resolvam se unir. Mas fica o alerta.

Enquanto isso não é possível, que sejam verdadeiras as promessas de questionamento dos temas acima elencados e as promessas de luta em favor da mulher. De modo especial por parte dos que estarão enviando os mais belos buquês de flores, presentes, cartões de felicitações ou fazendo as mais belas declarações.

Que na quarta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, elas tomem para si o exemplo de grandes companheiras que com seu trabalho, sua coragem e determinação, muitas vezes à custa de suor, lágrimas, sangue e até da própria vida abriram novos caminhos para as demais, ampliando-lhes os horizontes para novas conquistas.  

Homenagem apenas será muito pouco. Que também lhes sejam oferecidos carinho, respeito, consideração e a eterna gratidão. Enfim, além da importância do trabalho delas, sua presença fala muito alto, pois mais da metade da população mundial é composta por elas. E o que sobra veio delas. Que a maior das mulheres, Nossa Senhora, proteja a todas!
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Questão de número
Segundo o Censo 2010 Sobral tem 188.233 habitantes, dos quais 91.462 são homens e 96.771 são mulheres. Unidas, poderiam até eleger prefeito (a) e vários (as) vereadores (as).

Questão de gênero
As palavras bancada, política, câmara e mulher são do gênero feminino. Mas na bancada política da Camara não há mulher: são todos do gênero masculino. Prova incontestável da falta de união delas em Sobral.

Questão de grau
Conscientização do seu potencial é o que está faltando às sobralenses. Resolvida a  questão do grau (de conscientização) as demais estarão resolvidas.

Jogo aberto
Com nomes, números e algo mais. É como o presidente da Câmara de Vereadores de Sobral, Dr. João Alberto Adeodato Jr. (foto), tem tratado a falta da devida atenção e do respeito do Executivo e alguns de seus integrantes para com o Legislativo e a população. Que mais vozes se unam à do presidente. Em nome da honra dos representantes (vereadores) e para o bem dos representados (povo). 
  Dr. João Alberto ladeado por Dra. Imaculada (esposa)  e Dra. Vilma (filha), homenageando todas as mulheres.
Apito final
Por conta desse impasse, Dr. João até já questionou o papel do vereador, perguntando: “Para que serve esse parlamentar se suas prerrogativas e seus pleitos são ignoradas pelo Executivo?”. Com esse posicionamento, o presidente e quem com ele concorda estão mostrando claramente quais são as regras atualmente praticadas na política local. Está nas mãos de cada sobralense a decisão de deixar ou não alguém continuar ditando-as sem ser incomodado e que pouco mais de uma dezena permanece sendo seus eternos submissos. Que no dia do apito final (eleições) cada um cumpra seu dever, expulsando quem realmente merece. Só estou aguardando a hora.

Pérolas do Rádio
Para manter-se bem informado, em dia com o que acontece, escute comunicador que procura atingir o sucesso à custa de muito estudo, trabalho e muita dedicação profissional. Cuidado com os que dizem: estar em dias e às custas. Falando assim, eles induzem o ouvinte a também tropeçar na Língua Portuguesa.

Domingo na Educadora (www.educadora950.com)
Até amanhã (10h), no Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950. Notícias, reportagens, curiosidades, música de qualidade e entrevista. Participe: 3611-1550 // 3611-2496.

LEIA, SUGIRA E CRITIQUE:
www.artemisiodacosta.blogspot.com

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