Na
busca de alavancar o crescimento da economia, o governo anunciou hoje (27) o
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos. A finalidade é
disponibilizar R$ 8,4 bilhões para agilizar as compras governamentais com
preferência à aquisição de produtos da indústria nacional. Esta é mais uma
série de medidas para tentar evitar a queda do Produto Interno Bruto (PIB),
soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ante a crise
internacional.
O programa anunciado pelo governo prevê aquisições nas áreas de
saúde, defesa, educação e agricultura, como retroescavadeiras, ambulâncias,
ônibus escolares, motocicletas para policiais, veículos lançadores de mísseis e
blindados. Na área de saúde, mais de 80 itens produzidos no país poderão ser
adquiridos com preços até 25% superiores aos dos concorrentes, de acordo com o
Ministério da Saúde. A margem de preferência vai variar entre 8% e 25% para o
que for produzido pela indústria brasileira até junho de 2017. Entre os itens
previstos estão tomógrafos e aparelhos de hemodiálise.
O governo também oferecerá financiamento do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de equipamentos na
área de saúde. Nesse caso, o índice de nacionalização deve ser de, no mínimo,
60% como forma de estimular a produção de equipamentos médicos no Brasil,
conforme dados do Ministério da Saúde.
Além de estimular a economia, o programa vai atuar no combate a
problemas como a seca e beneficiar escolas por meio da compra de ônibus e
mobiliários. No total, na área educacional, serão adquiridos 8,5 mil veículos e
30 mil móveis. Para combater a seca, serão comprados 8 mil caminhões e 3 mil
patrulhas agrícolas (conjunto formado por tratores e implementos na busca de
aumentar a produtividade agrícola). Entre os veículos, estão ainda 2,1 mil
ambulâncias para o Sistema Único de Saúde e 160 vagões de trens, além de 500
motocicletas para as polícias Federal e Rodoviária Federal.
Parte dos R$ 8,4 bilhões a serem gastos nas compras governamentais
já estava prevista no Orçamento de 2012, o adicional necessário chegará a R$
6,6 bilhões, de acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Com isso, a
previsão de investimentos do PAC para 2012 sobe de R$ 42,6 bilhões para R$ 51
bilhões. “É o maior já feito em um ano”, destacou.
As projeções de analistas do mercado financeiro, divulgadas esta
semana pelo Banco Central, indicam que a economia pode crescer apenas 2,18%, em
2012, ante a crise mundial. Caso se confirme, será um crescimento bem menor do
que os 2,7% registrados no ano passado. (Ag. Brasil)
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