Dia Nacional do Prefeito e do Vereador
Depois de amanhã, 1º de
Outubro, será comemorado nacionalmente o Dia do Vereador e o do Prefeito. Seis
dias depois, os brasileiros irão escolher os novos ocupantes desses cargos, nos
próximos quatro anos, em mais de cinco mil municípios. E “eternizar-se” no
poder é o sonho da maioria deles, o que ainda é possível para quem se torna
vereador. Prefeito, não, pois a lei só permite uma reeleição.
Difícil é encontrar um parlamentar
que seja autor de lei ou, pelo menos, de projeto que proíba vereadores,
deputados e senadores serem eleitos seguidamente por mais de duas vezes. Não é
assim que ocorre no caso de presidente, governador e prefeito?
Pode até já existir, mas
ainda não tenho conhecimento de um político com coragem bastante para propor aos
ocupantes do Legislativo o mesmo limite de mandatos seguidos, como ocorre no
Executivo. Apenas um brasileiro dessa envergadura não seria bastante. Faz-se
necessário também quem o apoie e faça vitorioso e implantado urgentemente seu
projeto.
Só que é preciso muita
hombridade para legislar contra a causa própria. E talvez isso seja a razão de
essa questão permanecer como está. Imexível, como diria Antonio Rogério Magri,
Ministro do Trabalho do governo Collor de Melo.
É preciso também muita
hombridade para legislar em prol da causa de todos. Principalmente sabendo que
a vitória cairá nas mãos do outro, neste caso, do povo. Norteado por esse pensamento engrosso o coro
crescente daqueles que consideram passar da hora de dar um basta nessa imoral
eternização no poder.
O pior é que, na maioria das
vezes, essa vitaliciedade vem desacompanhada do mínimo de ações, ou de nenhuma,
em prol da população. É o caso de muitos políticos que detêm mandatos durante
vinte, trinta, quarenta anos e até mais.
São os que não fazem,
atrapalham alguém ou não deixam alguém fazer e ainda zombam de quem faz algo
pela população. São os mesmos que por conta de uma amizade sincera, muita
vezes, interesseira; por fazerem pequenos favores; por doarem ração financeira
ou através de uma lavagem cerebral mantêm encabrestados e fiéis às suas ordens
aqueles que os sustentam no poder.
Mas, embora lentamente, isso
está mudando. Está diminuindo o número dos que patrocinam essa secular e
nojenta forma de fazer política. Cresce o contingente dos que se aceitam como
animal político. Por outro lado, está se extinguindo o rebanho dos que rejeitam
tal condição e ficam apenas como animal: nada questionam, nada protestam e tudo
aceitam servilmente.
Melhor ainda: tem aparecido
por todo o Brasil mentes preocupadas em entender o processo de degeneração em
que emergiu a política brasileira. Mentes que se prestam não somente a
desvendar o problema, mas também a discutir e fazer algo para inverter esse
quadro de corrupção nacional. Graças a
Deus, são mentes que reconhecem que esse mal tende a se transformar em forma de
governo para a maioria dos políticos e em lei de sobrevivência para milhares de
pessoas que já deixaram de reconhecer a corrupção como anomalia moral,
deficiência de caráter, mas como uma prática normal no Brasil.
A essas novas mentes, que
representam a esperança do País, proponho questionar as razões pelas quais muitos
políticos insistem em permanecer no exercício de mandato. Repito: Dia 1º de Outubro será o Dia do Prefeito e do
Vereador; 06/10 será dia de elegê-los. Também vai para eles o convite à discussão. Então,
tentem responder: O que faz o político do legislativo rejeitar o
interstício depois do segundo mandado?
Será simplesmente a gula
pelo poder? Será o temor de não retornar devido ao concurso de novos
pleiteantes? Ou será a necessidade do mandato para se manter imune ou impune de
atos suspeitos?
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Cordeiros e lobos
Não é nenhuma novidade que coisas absurdas e degradantes ocorram em
ano eleitoral por todo o País, principalmente na reta final. É lamentável que
testemunhas oculares ou vítimas dos mais comprometedores fatos (compra de voto,
ameaça, coação...) se recusem veementemente a assumir a condição de
denunciantes. Lamenta-se, também, que a Justiça ainda não tenha desenvolvido
uma estratégia ou dispositivo para chegar aos acusados, além da denúncia
anônima. Quando isso ocorrer, muitos lobos com pele de cordeiro serão
conhecidos. Por enquanto, ouça o que se comenta, verifique a credibilidade de
quem fala, analise se seu candidato é um dos citados e, se possível,
despreze-o. Cuidado: Denunciar, só com provas.
“Serão eles?”
É a pergunta chave neste final campanha. Virou festa grupos de pessoas
se acotovelarem nas esquinas deste País, às caladas da noite, em trajes de
dormir, na ocasião em que se aproxima qualquer veículo. A dúvida é sobre se se
trata ou não do carro do candidato “caridoso” ou dos seus comparsas, que traz o
comprador de votos. Nesta semana muitos candidatos e eleitores pouco dormirão;
muitos até madrugarão. Mas há mais gente que também deveria fazer o mesmo.
Serão neles
Para o bem de todos, que a Justiça Eleitoral se disponha a conclamar
seus servidores para um SERÃO. Remunerado, é claro. Não será difícil flagrar os
prováveis “caridosos” e “necessitados” fazendo comércio sujo com o voto. Os
procedimentos de apenar cada um serão deles - nossos magistrados. Cumpra-se,
então, o provérbio latino: “Dura lex, sed
lex” (A lei é dura, mas é lei). Mãos à obra!
Folclore político
Um ex-vereador de Sobral, de pouquíssimas letras, resolver analisar a
folha de pagamento da Câmara Municipal, principalmente os nomes dos servidores
e os valores pagos. Depois de conferir “direitinho”, estranhou um nome e
bradou: “Quem é esse funcionário de nome TOTEL que não conheço?”. Claro que
jamais conheceria, pois se tratava da palavra TOTAL (no final da folha), que o
edil não conseguiu ler corretamente.
Pérolas do Rádio
Depois dessa derrapada, um locutor quis defender o político no Rádio:
“Ele leu errado porque estava sem seu óculo”. O colega errou também, pois
deveria dizer: “Ele leu errado porque estava sem seus óculos”. Um par de lentes
se chama ÓCULOS.
Domingo na Educadora (www.educadora950.com)
Até amanhã (10h), no Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950.
Notícias, reportagens, curiosidades, música de qualidade e entrevista. Participe: 3611-1550 //3611-2496.
LEIA, CRITIQUE E SUGIRA:
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