sábado, 16 de fevereiro de 2013

Poucas & Boas (artemisiodacosta@hotmail.com – Do Jornal Correio da Semana – 16.02.13)


A justiça humana falha. A divina, não.

Lobo em pele de cordeiro. Foi a frase que me veio à mente quando ouvi o seguinte depoimento. Uma jovem viúva, que mora num pensionato, disse: “A promessa daquele ‘homem de Deus’ era que a minha pensão se transformaria num salário confortável, com direito a uma mansão aqui e outra no céu, mas deu tudo errado”. 

É apenas um dos inúmeros casos de assalto em nome da fé que acontecem país afora. Fala-se, também, até na venda de um “lugarzinho” no céu. E, pasmem! Em suaves prestações.

Sabe-se que a lei assegura o direito à liberdade de culto. Agora, só falta alguém que liberte da ignorância, nem que seja a duras penas, essas incultas e pobres vítimas dos falsos anunciadores da palavra de Deus. 

Creio que já estão reservadas penas duras para eles lá por cima. Mas para recebê-las também cá embaixo é preciso que cada um de nós e a justiça façam sua parte. 

Amém!   
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Engranação
Solução para quase todo tipo de problema físico, espiritual, financeiro do passado, do presente e até do futuro. É o que continuam garantindo os “homens de deus”, com “d” minúsculo, sim, de “dinheiro”, ou os “pseudoprofessores e pseudomestres” aos ignorantes e incautos nas emissoras de TV e rádio do país. Uns, enganam-se; outros, engranam-se: enchem-se de grana.

Enganação
Uma coisa é certa: As minguadas economias do infeliz fiel ou consulente realmente solucionam ou minimizam os problemas financeiros... Mas dos seus profetas e dos canais nos quais é abertamente cometido esse crime de propaganda enganosa. A justiça humana falha. A divina, não.

Juramento de Hipócrita
Assim mesmo: de hipócrita. É a conotação que parte dos novos formados em Medicina nos últimos anos tem dado ao belíssimo Juramento de Hipócrates, recitado na conclusão do Curso. Muitos chegam também a “jurar” não está em seus planos exercer a profissão em pequenas localidades. E quando se fala em humanização hospitalar - tratar mais digna e humanamente pacientes e colegas (subalternos, principalmente) de trabalho - muitos ficam totalmente de fora de uma lista que felizmente ainda conta com verdadeiros Apóstolos da Saúde.

Interior?... Nem pensar!
Em 2010, foi divulgada uma Pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM) que garantia não faltar médicos no Brasil. O estudo revelou a má distribuição desses profissionais, principalmente no interior. Segundo dados do CFM (Repito: pesquisa de 2010), existem exatos 330.825 trabalhadores em todo o território nacional e a média nacional é de um “doutor” para cada grupo de 578 habitantes, índice próximo ao dos Estados Unidos (411). Os dados foram coletados entre 2000 e 2009 e o estudo também mostra uma tendência de feminilização da profissão. Ou seja: 54% dos graduados inscritos no conselho, nos últimos nove anos, são mulheres.

Saindo de casa
Quando à solução para a má distribuição, creio que inicialmente a receita deveria sair de casa, como o futuro doutor também. Quem recebe sólida educação cristã automaticamente se torna consciente de que é dever prioritário de toda pessoa fazer o bem em qualquer lugar, independentemente da profissão que exerça. E, se formado em Medicina, deverá aprender que jamais poderá discriminar o irmão que sofre (doente). Dessa forma, torna-se merecedor de recitar bem alto o Juramento do Pai da Medicina. Fora de casa, as universidades bem que poderiam colaborar na implantação dessa filosofia.   

(Des) trava-língua
As escolas e as universidades precisam instituir uma disciplina ou algo objetivando “destravar” a língua de seus alunos. Era admirável ver-se a estudantada, de forma destemida, opinar, reivindicar mudanças, agir abertamente e emitir opiniões valiosas, principalmente quando o País atravessava dias tenebrosos. Hoje, a maioria nada emite. Simplesmente, omite-se.

O original não se desoriginaliza
Com a reforma da praça realizada há algum tempo, sumiram os alto-falantes da Coluna Rádio Imperator, antigo serviço de som com estúdio no Teatro São João. Quem sabe, foram parar numa sucata qualquer. Desse estúdio o som era transmitido para seis alto-falantes que ficavam na torre de alvenaria, construída por Falb Rangel em 1938, na gestão do prefeito Vicente Antenor Ferreira Gomes. Interessante: A prefeitura faz tudo para que ninguém mexa no original dos monumentos históricos. No caso da Imperator, ela mesma foi quem desoriginalizou. Quanta contradição!
É simples
Um costume secular comprova a mais eloquente falta de inteligência da maioria dos administradores brasileiros. Preferem primeiro atacar os problemas de solução complicada e demorada aos de solução simples e rápida. De parabéns o administrador que mantém um funcionário, ou grupo, destinado unicamente a resolver imediatamente os pequenos problemas, como um cano estourado, buraco na rua, lixo acumulado, lâmpada queimada, etc. Resolvendo o simples, o complicado fica mais fácil.

Há sombra
Ao prefeito e legisladores sobralenses nem parece que a antiga Praça do Siebra é um dos locais mais aprazíveis da cidade. Nem o fato de nela existir um bosque contendo a maior área verde do centro os sensibiliza a revitalizá-la. Essa é apenas uma dentre quase todas as praças atualmente vítimas da falta de ações simples e baratas por parte do executivo municipal. Há também Praça do Patrocínio, da Várzea, das Pedrinhas...

Assombra
E notório o número de pessoas que a cada dia deixam de visitar o Bosque da Duque de Caxias por causa da falta de mais estrutura e segurança. Para muitos, causa medo apenas passar nas proximidades, de modo especial à noite. Quem mora na área, tendo de conviver todo dia e o dia todo com essa situação, poderá confirmar com argumentos mais fortes.

À sombra
Dotar de mais iluminação, assentos confortáveis para quem deseja descansar, passeios internos e externos para quem prefere caminhar, quiosques (em número limitado) para a venda de pequenos lanches, jornais, cartões, etc. e, principalmente, total segurança 24 horas. Esse seria o sinal verde para a população e visitantes desfrutarem com segurança e conforto de momentos agradáveis à sombra daquele arvoredo.

Pérolas do rádio
Nesse carnaval, desejando matar a sede (etílica), um radialista contou que pediu uma cerveja na praia. O barraqueiro perguntou: “O tamanho?” E a resposta: “Não tendo latra pequena, traga de lito”. O ERRO do colega foi de ERRE. Um “r” a mais: latra. Um “r” a menos: lito. Corrigindo: Lata e Litro.

Domingo na Educadora (www.educadora950.com.br)
Até amanhã (10h), no Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950. Notícias, reportagens, curiosidades, música de qualidade e entrevistas.  Participe: 3611-1550 //3611-2496.

LEIA, CRITIQUE E SUGIRA
artemisiodacosta@hotmail.com



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