
O ataque contra o
"Charlie Hebdo" foi motivado pela publicação de charges do profeta
Maomé, considerado sagrado pelos muçulmanos. A representação gráfica do profeta
é proibida, e os muçulmanos consideraram ofensivos e uma provocação os desenhos
de Maomé.
O pontífice disse que tanto a
liberdade de expressão como a liberdade religiosa "são direitos humanos
fundamentais". "Temos a obrigação de falar abertamente, de ter esta
liberdade, mas sem ofender", continuou.
Sobre a liberdade religiosa,
destacou que "cada um tem o direito de praticar sua religião, mas sem
ofender" e considerou uma "aberração" matar em nome de Deus. "Não se pode ofender, ou
fazer guerra, ou assassinar em nome da própria religião ou em nome de
Deus", afirmou.
O Papa lembrou que no passado
houve guerras nas quais a religião desempenhou um papel determinante.
"Também nós fomos pecadores, mas não se pode assassinar em nome de
Deus", insistiu. "Acho que os dois são
direitos humanos fundamentais, tanto a liberdade religiosa, como a liberdade de
expressão", completou.
"É verdade que não se
pode reagir violentamente, mas se Gasbarri [ele se referiu a um de seus
colaboradores junto com ele no avião], grande amigo, diz uma palavra feia da
minha mãe, pode esperar um murro. É normal!", assegurou.
Francisco lamentou que haja
"muita gente que fala mal de outras religiões ou das religiões (...), que
transforma em um brinquedo as religiões dos demais".
Para o pontífice, estas
pessoas "provocam" e foi quando estimou que "há um limite para a
liberdade de expressão". (G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário