A presidenta Dilma Rousseff manifestou-se hoje (13), pelas redes
sociais, contra a redução da maioridade penal. A admissibilidade da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16
anos, foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos
Deputados no fim de março, e uma comissão especial foi instalada para analisar
o texto.
“Não podemos permitir a redução da maioridade penal. Lugar de
meninos e meninas é na escola. Chega de impunidade para aqueles que aliciam
crianças e adolescentes para o crime”, escreveu Dilma em seus perfis nas redes
sociais Twitter e Facebook.
A presidenta disse que a redução da maioridade seria “um grande
retrocesso” para o país e que não resolveria os problemas de jovens em conflito
com a lei. Dilma defende que a punição nesses casos obedeça a medidas já
previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Reduzir a maioridade penal não vai resolver o problema da
delinquência juvenil. Isso não significa dizer que eu seja favorável à
impunidade. Menores que tenham cometido algum tipo de delito precisam se
submeter a medidas socioeducativas, que, nos casos mais graves, já impõem
privação da liberdade. Para isso, o país tem uma legislação avançada: o
Estatuto da Criança e do Adolescente, que sempre pode ser aperfeiçoado”,
avaliou.
Nos posts,
Dilma disse que orientou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a iniciar
uma “ampla discussão” para aprimoramento do ECA. “É uma grande oportunidade
para ouvirmos em audiências públicas as vozes do nosso país durante a
realização deste debate”. A presidenta também defendeu mudanças na legislação
para endurecer a punição para adultos que aliciam jovens para o crime
organizado. (Ag. Brasil)
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