O
papa Francisco disse hoje (13) que "o caminho da Igreja é o da
franqueza". "Não se pode calar aquilo que se viu e ouviu",
acrescentou o pontífice. Em homilia, na missa matinal, na Casa de Santa Marta,
o papa declarou que Igreja Católica tem de "dizer as coisas com
liberdade".
A homilia ocorre um dia depois de Francisco ter lembrado
"o atroz extermínio" do povo armênio, episódio que cumpre o primeiro
centenário, e que o papa considerou "o primeiro genocídio do século
20".
Segundo
a agência France-Presse, o papa João Paulo II usou o termo “genocídio” num
documento assinado em 2000 com o patriarca armênio, mas esta é a primeira vez
que um papa fala publicamente do assunto.
Milhares
de armênios foram deportados e massacrados pelo império otomano durante a 1ª
Guerra Mundial, fatos reconhecidos como genocídio por mais de 20 países, mas
nunca pela Turquia. "A mensagem da Igreja é a mensagem do caminho da
franqueza, do caminho do valor cristão", disse hoje o papa.
Doze
dias antes do centenário do "martírio armênio", as palavras do papa
Francisco sobre a tragédia de 1915 e 1917 desencadearam protestos das
autoridades da Turquia, com medidas diplomáticas, como a chamada para consultas do
embaixador turco no Vaticano.
Segundo a Armênia, 1,5 milhão de pessoas foram perseguidas e mortas. Para a Turquia, o número de armênios mortos não supera os 500 mil. (Ag. Brasil)
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