JOSÉ CLEITON CAVALCANTE
MEDEIROS
Neste sábado (24), às 19h, será
celebrada missa de primeiro aniversário de falecimento de Cleiton Medeiros,
que, apesar de não ter nascido nesta terra, adotou-a como seu segundo berço. Tornou-se
um apaixonado por Sobral, estudioso dos seus problemas e defensor ferrenho das
causas relativas à Princesa do Norte, razão pela qual foi merecedor do Título
de Cidadania Sobralense.
Nascido em 26 de dezembro de
1944, na localidade de Maniçobinha, em São Luís do Curu (CE), Cleiton Medeiros era
filho de Antônia Cavalcante Medeiros e José dos Santos Medeiros. Ainda menino,
sua família transferiu-se para Fortaleza, onde permaneceu até seus 18 anos. Na
capital cearense concluiu o Segundo Grau completo (atual Ensino Médio) na
Escola Fênix Caxeiral. Não chegou a fazer Curso, nem faculdade de
Contabilidade, mas tornou-se um excelente prático na área.
Como quase todo nordestino, em
fevereiro de 1963 resolveu tentar a sorte em São Paulo, mas lá perdeu excelentes
oportunidades de trabalhos em grandes empresas, tais como, Light, DKV Vemag,
Phillips, sempre pelo fato de estar em débito com o Serviço Militar.
Desiludindo-se da capital paulista, passou a percorrer o Nordeste, atuando como
representante comercial em Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina e outras
cidades piauienses, além de trabalhar em quase todo o Ceará.
Seu pai, José dos Santos
Medeiros, havia sido casado em primeiras núpcias com uma sobralense (Cleiton
era da segunda) e também mantinha grande admiração por Dom Expedito Lopes e Dom
José Tupinambá da Frota. Isso influenciou muito no amor do filho Cleiton pela
cidade, tendo nela se fixado em dia 1º de dezembro de 1966. Durante toda sua
existência demonstrou um amor incondicional por Sobral e um imenso seu respeito
e admiração por Dom José Tupinambá da Frota.
Cleiton, esposa e filhos
Por aqui Cleiton Medeiros
encontrou como segunda família o casal Gersina Ibiapina e Silva e Sebastião
Gadelha e Silva, ambos já falecidos, a cujos filhos passou a tratar como
irmãos. Seu primeiro trabalho neste município foi com projetos industriais e
incentivos fiscais da SUDENE. Morando no extinto Hotel Abílio, recebeu grande
apoio de empresários e de vários contadores, principalmente Francisco Ponte
Vasconcelos (Chico Ponte) e Carlos Matos.
No dia 07 de junho de 1969¸ em
Varjota (CE), Cleiton Medeiros casou-se com Francisca Evanilda Alves Medeiros,
filha de Maria da Conceição Quariguasi Alves e
Francisco Alves Pereira (Franco). Evanilda e Cleiton tiveram cinco
filhos: Cleinilda, Cleinilton, Cleidnilce, Cleivânia e Clevânia. Destes
nasceram mais de uma dezena de netos.
No decorrer de sua vida Cleiton
também trabalhou como empresário do ramo de transportadora e extintores de
incêndio; prestou serviços por muitos anos à Moageira Serra Grande e, por
último, foi administrador e gestor da empresa Auditares Contabilidade, de sua
propriedade.
Na área política, foi candidato
a vereador em 1976, acompanhando a candidatura a prefeito de Cesário Barreto
Lima. Na social, foi membro ativo da Câmara Júnior de Sobral, entre os anos de
1971 a 1985. Nesse clube exerceu várias funções, chegando até a presidência e, pelo
seu reconhecido trabalho e empenho, recebeu o título vitalício de Senador JCI
(Câmara Júnior Internacional).

Como desportista nato, ainda em
Fortaleza foi diretor e jogador de vários clubes, o que se repetiu em Sobral,
principalmente atuando na direção das equipes. Foi membro do Guarany Sporting
Clube, entre 1970 a 1973; Palmeiras Country Clube; Centro Cultural Dom José de
Sobral (Cadeira 8) e Associação Amigos do Becco do Cotovelo. Em 1966, teve
participação no Intermunicipal daquele ano, atuando com reserva na Seleção de
Itapipoca.
Cleiton Medeiros adorava cuidar
dos animais de estimação e das plantas. Outros hobbies: participar de programas
radiofônicos; escrever crônicas, poesias e causos ouvindo suas musicas antigas;
fotografar situações que considerava erradas na cidade. Sempre numa linguagem
fácil e respeitosa, seus pronunciamentos e escritos, todos embasados na
verdade, muitas vezes eram polêmicos e geravam discussão entre seus ouvintes e
leitores.
Cleiton e netos
Cleiton Medeiros era altruísta,
gostava muito de ajudar as pessoas, a exemplo do que muito marcou sua vida: a
ajuda aos necessitados na seca dos anos de 1982 e 1983, quando trabalhava
recebendo doações e distribuindo cestas básicas para os necessitados.
Como reconhecimento ao seu
trabalho, em julho de 2006 recebeu o título de Cidadão Sobralense, pleiteado
pelo então vereador José Vital Linhares; em junho de 2013 foi homenageado com a
comenda Amigo do Becco do Cotovelo, no programa Ivan Frota; em dezembro de 2013
recebeu Troféu Personalidade Classe A de Sobral (Promoção radialista Edival
Filho).
Seu amor pelo Becco do Cotovelo
era tão grande que chegava a dizer: “Se pudesse, levaria o Becco quando eu
morrer, mas como Sobral não pode ficar sem o Becco, que Deus me permita vir
visitá-lo”. Escreveu e lançou o livro “Uma Ausência Sempre Presente”, em 1982.


José Cleiton Cavalcante
Medeiros faleceu em Sobral (CE) a dois meses de completar 70 anos, no dia 24 de
outubro de 2014. Acha-se sepultado no Cemitério São José, no centro desta
cidade.
“UMA PRECE PELA ALMA DE JOSÉ CLEITON CAVALCANTE MEDEIROS”
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