sexta-feira, 22 de setembro de 2017

POUCAS E BOAS - artemisiodacosta@hotmail.com (Do Jornal Correio da Semana - Sobral-CE - Sábado - 23.09.17)

Bocado comido...
Costumeiramente, as pessoas falecidas são mais lembradas nas duas datas que delimitam sua passagem pela terra: a do nascimento e a da morte. Isso, em tese, porque na prática até mesmo quem fez muito por um povo, quem marcou a história, com o tempo começa a descambar para o esquecimento. É óbvio que a memória dos mortos não pode ocupar todo o tempo dos vivos; nem os vivos podem esquecer completamente seus mortos e deixar de reverenciá-los, o que seria uma cruel ingratidão. E mais cruel ainda quando isso parte de quem conviveu com o desaparecido ou por ele foi muito beneficiado direta ou indiretamente.

No ensejo do 58º aniversário de morte Dom José Tupinambá da Frota (10.09.1882//25.09.1959), que transcorre na segunda-feira (25), sugiro um questionamento a respeito do que exposto acima.

O grande antístite sobralense é, indubitavelmente, o maior benfeitor de todos os tempos deste município, sendo autor de inúmeras obras de pedras e cal e disseminador intransigente da Palavra de Deus. Mas, a exemplo de Padre Ibiapina, Domingos Olímpio, Maria Tomázia, Visconde Saboia, Mons. Aloísio Pinto, Mons. Sabino Loiola e outros sobralenses ilustres, Dom José também não estará começando a cair no esquecimento até nas suas duas principais datas? 

Será que seus sucessores, colaboradores e os que dirigem as obras por ele construídas também se fizeram/fazem essa indagação? 

Enfim, será que o primeiro bispo da Diocese de Sobral está sendo relembrado e reverenciado como merece?

Vale ressaltar que essas perguntas não têm como alvo algumas pessoas e entidades de Sobral e da região. Justifico isso pelo fato de serem patentes sua admiração e seu respeito à figura de Dom José, assim como a luta para preservar a memória dele. Essas pessoas, sim, justificam o pensamento de Cícero, que disse: “gratidão não é somente a maior das virtudes; é também mãe de todas as outras”. 

A propósito, conforme me contou certa vez o saudoso amigo maestro José Wilson Brasil, no velório de Dom José, lá pela madrugada, havia apenas três ou quatro pessoas na igreja Menino Deus. 

Diante disso, pergunto a você, meu caro leitor: Seus admiradores se dizem amigos de todas as horas? Será que quando chegar ‘seu dia’ o número deles se iguala ao dos que velavam Dom José?

Se se iguala, não se iluda: você não será velado como um grande vulto. Será, sim, mais um que começa a ser esquecido antes mesmo de ir para debaixo do chão. 

Isso o incomoda? 

Relaxe! Garanto que no “seu dia” você estará friinho, friinho. E para sempre!
**********
Tapa de luva
Em toda entrevista que concede, o técnico do Flamengo, Reinaldo Bueda, colombiano, cumprimenta os entrevistadores com bom-dia/boa-tarde/boa-noite e encerra agradecendo (Obrigado!). Até eu já captei que Bueda está querendo ensinar “boa educação” aos colegas. Mas a maioria dos entrevistadores ainda não entendeu. Bola fora!

7 anos
Apesar de sete ser a conta do mentiroso, isso foi verdade: num dia como hoje (23.09.2010) o longa-metragem "Lula - O filho do Brasil", de Fábio Barreto, foi escolhido para concorrer a uma das cinco vagas no Oscar, na categoria de melhor filme em língua estrangeira. Ainda bem que ficou só nisso.

Domingo na Educadora (www.radioeducadora950.com.br)
Até amanhã, no Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950. Notícias, reportagens, curiosidades, música de qualidade. Entrevista com Ribeiro de Paula, instrutor de Trânsito e proprietário de Autoescola. Ligue e participe 3611-1550 // 3611-2496 // WhatsApp (88) 99618-9555  // Facebook: Artemísio da Costa.
LEIA, CRITIQUE, SUGIRA E DIVULGUE
www.artemisiodacosta.blogspot.com




Nenhum comentário:

Postar um comentário