sexta-feira, 20 de outubro de 2017

LITERATURA CEARENSE: Falta de Motivação Profissional (Por Simone Eufrausino Lima*)

A valorização das ações concretas dos profissionais decorre de seus interesses, de suas interações, participação e estimulo para que seu trabalho se desenvolva com mais perfeição e organização.
Muitos reclamam da “falta de motivação”, alguns justificam a remuneração insatisfatória. Esses fatores que funcionam como atrativos para os profissionais não são os que mobilizam as pessoas para o trabalho. Outro fator importante é o reconhecimento do trabalho do profissional. Sem o real valor ao serviço prestado pelo aquele profissional, como ele pode ter motivação no que faz? Por mais que uma pessoa trabalhe em algo que goste, que lhe dar satisfação e prazer, ele não suportara a falta de reconhecimento do seu trabalho desenvolvido no cotidiano em grupo ou mesmo individualmente.

As atitudes, o comportamento e os modos do funcionário são expressos de acordo com a relação que o mesmo tenha com a empresa, instituição e no seu ambiente onde tem pessoas que compartilham e entendem o que se passa e que é conhecedor do trabalho daquele profissional.

A falta de motivação profissional na educação decorre do desenvolvimento do profissional em relação à escola, a relação dos funcionários numa mesma instituição, ou seja, a valorização inadequada a esses profissionais. Todos esses pontos são reflexos para que haja a insatisfação profissional. Os professores, como exemplo, produzem mais no seu trabalho quando são reconhecidos, estimulados e apoiados nas propostas de trabalho. Na educação os profissionais só se desenvolvem quando são apoiados por todos que formam a organização de uma escola. Se acontecer ao contrário, dificilmente irão compartilhar das mesmas ideias.

Fazer com que todos percebam a importância da função do professor para a escola é fundamental para que o educador se sinta valorizado. A importância do professor nas decisões, nas elaborações de projetos que tragam bons resultados, sua opinião a ser ouvida a respeito da escola e o envolvimento do profissional em todas as decisões que desrespeita ao seu trabalho é fundamental para que haja a motivação necessária.

Mas se ocorre ao contrario o profissional tende a perder o interesse pelo seu trabalho e a manifestação do insucesso no que faz é presente nas ações. A participação do profissional na organização do trabalho faz com que ele possa aprender várias coisas, pois, quando um profissional participa das decisões coletivas do seu trabalho ele também aprende mais sobre sua profissão. É no exercício da sua profissão que, de fato, ele venha se qualificar e produzir cada fez mais a profissionalidade.

Então, a construção e a motivação do trabalho dependem em boa parte das formas de organização, da estrutura e da qualidade para que o trabalho dos profissionais seja favorecido e valorizado de acordo com seus resultados.

Portanto, é necessário que haja modificação nas estruturas que dificultam o cotidiano desses profissionais e criem processos de colaboração para que os ambientes valorizem os que ali trabalham, dando-lhes um tratamento de profissional que merecem. 







(*) Simone Eufrausino Lima.
Licenciada em Letras, pela UVA.

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