As chuvas que caem na Palma,
São lágrimas que vêm do céu.
Chegam à terra e a refresca,
Para só depois a umedecer e
A deixar faceira, por ir vestir
Seu verde manto de babuge.
Dos troncos brotarão galhos,
Dos galhos brotarão ramos,
Dos ramos surgirão folhas,
E flores aparecerão e delas
Virão frutos e as sementes.
Seguindo, sem saber donde,
Virão abelhas para polenizar,
Passarinhos com seus cantos
Alegrar, o que parecia morto
Quase por milagre ressuscita.
Lágrimas transformar-se-ão
Em sangue, irrigarão veias,
E seguirão para a artéria, o
Coreaú, que as recebendo
Correrá, tudo impregnando
Com esperança, tornando o
Palmense mais alegre e feliz,
E o ligando a seu belo torrão.
Porém,
A mãe Natureza, impassível,
Não terá predileção por filho
Algum, dará mais, aos que
Mais pedirem, com as mãos
Calejadas pelos cabos das foices
E das enxadas, braços e corpos
Exaustos, molhados de suor.
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