Ultrassom (É assim que se
escreve agora?)
É assim que se escreve agora essa palavra porque o prefixo
“ultra-” só exige hífen antes de palavra iniciada por “h” ou por “a”:
ultra-hilariante, ultra-amargo. Portanto, escrevemos sem hífen ultrarradical,
ultrassensível, etc.
Amoral é diferente de imoral
Os prefixos “a” e “in” a principio são sinônimos, indicam
“negação, ausência”: infeliz, incapaz, inútil, anormal, acéfalo (sem cabeça),
anarquia (sem governo). Para designar a “ausência da idéia, de tempo, o que não
é temporal, o eterno”, temos dois sinônimos: atemporal e intemporal. Nesse
caso, os dois adjetivos têm mesmo sentido.
No caso de amoral e imoral, há diferença. O prefixo “a” de amoral
indica a “ausência, supressão”. Amoral quer dizer “indiferente à moral”: A
ciência é amoral. O prefixo “in” de imoral, indica “negação, oposição”. Imoral
é o que vai “contra a moral”: A luxúria é amoral.
Tudo bom? Tudo bem? (Qual a
diferença?)
“Tudo bom?” é pergunta de quem está interessado em saber das
condições de saúde da pessoa a quem se dirige.
“Tudo bem?” é pergunta própria de quem é curioso, já que pressupõe
o desejo de saber como está a pessoa não só do ponto de vista da saúde, mas
também do ponto de vista psicológico, profissional, familiar, etc.
Tudo o mais (Dispensa o
artigo?)
Assim como “todo o mundo”, é expressão que não dispensa o artigo:
Do prédio da ONU em Bagdá só restou um setor intacto, “tudo o mais” foi para os
ares, com o ato terrorista; É uma lavadora para lavar roupa suja e “tudo o
mais”.
Tupi-guarani (Qual a
novidade?)
Tupi-guarani não é uma língua, mas uma família linguística, cujo
tronco é o tupi (com “i” mesmo), idioma indígena que mais contribuiu para o
léxico português. Há quem diga que Mogi é palavra de origem “tupi-guarani”. É o
mesmo que dizer, grosso modo, que apagão é palavra de origem luso-castelhano.
Guarani (com “i” mesmo)
Turma (Como fica o verbo?)
O verbo fica no singular: A turma não gostou do filme; A turma já
chegou? A turma ficou falando mal de vocês.
Usufruir (Como se usa?)
Por influência do sinônimo “gozar”, transitivo direto ou indireto,
esse verbo passou a ser usado na língua contemporânea também como transitivo
indireto: Ele ainda não usufruiu o (ou, do) dinheiro que ganhou na loteria.
Convém, todavia, dar preferência à transitividade direta.
Valorar e valorizar (Qual a
diferença?)
Valorar é emitir juízo de valor sobre, avaliar, aprecisar: Não
devemos valorar o que desconhecemos.
Valorizar é “dar o devido valor a” ou “aumentar o valor de”: É
preciso valorizar o professor, para que todos possamos ler jornais e revistas
sem perder o bom humor; Melhoramentos como asfalto e luz elétrica só valorizam
um terreno.
Há muita gente por aí que, na ânsia de advogar a causa (muito
justa, aliás) dos professores, diz: Precisamos “valorar” o professor.
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