sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

POUCAS E BOAS – artemisiodacosta@hotmail.com (Do Jornal Correio da Semana - Sobral-CE - Sábado - 03.02.18)

DO “DEMO” É OUTRA COISA!

Neste domingo (4) celebra-se o 14º aniversário de lançamento do Facebook, valiosa mídia e rede social virtual surgida como desdobramento da invenção da internet, em 1969, com o nome de “Arpanet”, nos Estados Unidos. Também lá, em 1984, o jovem americano de 20 anos, Mark Elliot Zuckerberg, contou com auxílio dos colegas da Universidade Harvard, Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes, para lançar o Facebook.

A palavra, composta por face (cara) e book (livro), numa tradução literal significa "livro de caras". Nele constam anotações e fotos dos estudantes americanos. Em 2017, essa rede social ultrapassou dois bilhões de usuários em todo o mundo. Atualmente, Facebook, WhatsApp e Instagram são as redes sociais mais utilizadas no planeta.

São inúmeros os benefícios da utilização das redes sociais, especificamente do Facebook, como destaque principal para a facilidade de maior relacionamento entre as pessoas, e de forma instantânea, possibilitando surgirem novas amizades e encontrar velhas (amizades). Além disso, merece menção a possibilidade de entretenimento, intercâmbio de conhecimentos, informações e troca de imagens, áudios e vídeos.

Por outro lado, também é imenso o leque das desvantagens, sendo a mais grave o “desligamento” da vida real. E a conseqüência disso é o gradativo abandono do contato físico com as outras pessoas, inclusive de dentro dos lares, como se a convivência virtual substituísse a real. Só não detecta isso nos encontros familiares ou de amigos quem também está interagindo no bate-papo. (Não seria mais adequado “bate-dedo”?) Assim, confirma-se aquilo que muito se ouve: A internet, através do Facebook, WhatsApp, etc., ajuda, sim, a “aproximar os que estão distantes”, mas também contribui, e muito, para “distanciar os que estão próximos”.

Vale ressaltar, ainda, os riscos dos relacionamentos virtuais, já que, muitas vezes, o outro internauta poderá não ser e nem ter nada daquilo que apregoa. Preocupa, e muito, a disseminação de inverdades capazes de acabar com a reputação de uma pessoa ou de prejudicar milhões delas. E mais: crianças, adolescentes e adultos desavisados e sem precaução são as maiores vítimas, sendo que as primeiras merecem total acompanhamento dos pais.

Como ocorre com quase tudo na vida, nota-se que o Facebook também tem seus pros e seus contras, detalhe com que todo usuário deveria se preocupar e procurar discernir uma coisa da outra. O conhecimento e aplicação dessa regrinha merecem extrema atenção dos adultos, pais, educadores, religiosos, formadores de opinião e de quem tem mais experiência de vida e tem olhar mais aguçado quanto à ação de pessoas maléficas. Enfim, já que ainda engatinha a política de segurança da internet neste País, resta a essas pessoas (pais, educadores, religiosos, formadores de opinião...) serem o escudo protetor dos mais jovens e de pessoas incautos, que são as presas mais fáceis de quem faz mau uso das redes sociais.

Mesmo respeitando a opinião alheia, discordo veementemente quem, por certo fanatismo religioso, acusa de “coisa do demônio’ a moderna tecnologia (internet) e suas ferramentas. Para mim, “do demônio” é quem deixa de lado o que de bom essa revolucionária invenção nos possibilita fazer e opta por usá-la apenas a serviço do mal. Esses, sim, são os capetas a quem devemos combater incessantemente.

É notória a forma exagerada e errada com que milhões de pessoas estão usando a Internet, no caso aqui enfocado, as redes sociais (Facebook, WhatsApp e outras). A medicina já chama atenção, principalmente dos pais de jovens e adolescentes que já sentem os reflexos desse exagero. Profissionais especializados dão ênfase a sintomas como taquicardia, mudança nos hábitos alimentares, isolamento, depressão. E também alertam sobre a expansão de uma nova doença: a nomofobia, que é a fobia (ou o medo) de ficar desconectado, sem a possibilidade de se comunicar usando redes sociais ou telefone celular.

E ainda há saída? Acredito que sim. E dentre as inúmeras opções duas merecem mais relevância na tentativa de combater os problemas do mau uso das redes sociais. Primeiro, tentar descobrir o que faltando no ambiente do usuário (lar, empresa, escola, etc.), que o obriga a buscar o substituo disso nas redes sociais. Segundo, tentar disciplinar – com autoridade, mas sem autoritarismo - o uso dos equipamentos (PC, notebook, celular, etc.), por exemplo, com estabelecimento de período de manuseio. Sendo isso possível, atingir-se-á o “EQUILÍBRIO”, condição que nos permite extrair o que há de melhor de tudo aquilo com que nos defrontamos. Busquemo-lo, então! 

DOMINGO NA EDUCADORA (http://www.radioeducadora950.com.br/)
Até amanhã, no Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950. Notícias, reportagens, curiosidades e música de qualidade. Participe: 3611-1550 // 3611-2496 // Facebook: Artemísio da Costa.

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