As duas grafias ocorrem na Língua, mas a
primeira, Virgílio, é considerada a correta. O gramático Mário Barreto, num dos
seus excelentes trabalhos, provou satisfatoriamente que a grafia correta deste
nome é com “i” na primeira sílaba, embora haja muita gente que prefiro insistir
na grafia com “e”.
Filipe está no mesmo caso. Filipe vem do
grego “phílos” (amigo, amante) + “hippos” (cavalo). Etimologicamente, Filipe
significa: amigo, amante de cavalos. Essa etimologia talvez não agrade a certas
mães que gostam de por o nome dos filhos sem pesquisar a origem e a grafia
deles.
A toda a hora / A toda hora
Ambas as expressões são boas. Ela sai a toda
hora (ou: a toda hora). O mesmo se diga: a todo o custo; a todos.
“Ele sempre foi
maior do que realmente forte” ou “Ele sempre foi mais grande do que realmente
forte”?
A segunda frase é a correta. Muita gente
pensa que não podemos empregar a forma “mais grande”. Explica-se: devemos usar
mais grande (e não, maior) quando estamos comparando duas qualidades de um
mesmo ser.
As terminações “-isar” / “izar”
Grafa-se e com “-isar” se o substantivo
correspondente ao verbo traz “is” + vogal. Ex.: análise – analisar; pesquisa –
pesquisar. Não aparecendo “is” + vogal no substantivo correspondente ao verbo
grafa-se com “izar”. Ex.: civil - civilizar; simpatia – simpatizar; aval – avalizar.
Atenção, porém: bis - bisar; íris – irisar. Mas, sífilis - sifilizar.
O meu amigo Edson ou Edison? O meu amigo Aluízio ou Aloízio?
A grafia de qualquer nome próprio está
sujeita às mesmas normas estabelecidas para a escrita dos nomes comuns. Assim, grafamos
sempre com acento: Édson ou Édisson. A grafia Edison ou Edson está incorreta. A
grafia Edison nos obriga a pronunciar “Edizon” (o “s” intervocálico soa “z”).
Já a grafia correta é Aluísio ou Aloísio (as grafias Aluízio, Aloízio, Aloízo,
Aloyzo são incorretas).
Vejamos outros nomes grafados corretamente:
Antônio (ou António, em Portugal), Ânderson e Éverton, Êmerson, Cláudia, Luís,
André, Vânia, Nélson, Benjamim, Ildefonso, Hildebrando.
Muitas pessoas e cidades têm seus nomes
registrados em desacordo com as atuais regras ortográficas, seja por terem nascido
ou sido fundadas em antigas épocas, seja por ignorância das normas vigentes.
Tais pessoas e cidades podem manter a grafia original, resultando-se, assim, um
direito individual, ou - se preferirem - poderão corrigir o seu nome. Assim, se
uma pessoa tem no seu registro civil a grafia Luiz Antonio, poderá assinar-se
dessa forma ou adotar a grafia atual - Luís Antônio.
Se alguém foi registrado Philomeno, poderá
assinar-se Filomeno. Esse fato, contudo, nunca se dá. A nossa querida cidade de
Itapagé hoje está sendo grafada corretamente: Itapajé. A palavra vem do tupi “ita”
(pedra) + “pajé” (curandeiro, feiticeiro) e significa “Pedra do Pajé”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário