sexta-feira, 26 de abril de 2019

POUCAS E BOAS - artemisiodacosta@hotmail.com (Do Jornal Coreio da Semana - 27.04.19)


Diálogo, prudência e bom senso
De forma muito justa, neste sábado (27 de abril) é lembrada uma categoria profissional até bem pouco tempo totalmente desprestigiada, humilhada e até maltratada em alguns casos e casas. Transcorre hoje o dia dos Empregados

Domésticos, erroneamente entendido como Dia da Empregada Doméstica. A comemoração foi criada para homenagear a data de morte de Santa Zita (1218-1278), italiana, zelosa e caridosa secretária do lar, considerada Padroeira destes trabalhadores e trabalhadoras.

Apesar de muitos fazerem referência apenas às empregadas domésticas, vale ressaltar que, conforme a lei 5.859/72, outros profissionais também se equiparam aos empregados domésticos. São eles: motoristas particulares, vigias, chacareiros, caseiros, damas de companhia, babás, governantes, jardineiros e faxineiros.

O grande avanço na busca de direitos se deu há quatro anos, quando a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei Complementar Nº 150, de 1º de junho 2015. Apesar de alguns vetos, a lei passou a garantir novos direitos à categoria, dentre os quais, o seguro-desemprego, salário-família, auxílio-creche e seguro contra acidentes de trabalho. Além disso, a lei também regulamenta a obrigatoriedade do recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) por parte do empregador e os direitos a adicional noturno e indenização em caso de demissão sem justa causa.

Não obstante essa vitória, mesmo sem querer a legislação criou um problema novo e grande para esses profissionais. Vejamos, então: foi excelente para quem trabalha para patrões que têm condições financeiras de pagar o que ordena a lei e, assim, pode sustentar o empregado normalmente. 

Por outro lado, foi péssimo, já que a maioria dos empregadores não detém essas condições financeiras e, por conta disso, evitam o contrato informal (sem CTPS assinada), temendo ser levado à justiça. E assim, cresce o desemprego, já que a opção encontrada é evitar o vínculo empregatício e apelar para diaristas durante o menor número de dias trabalhados possível.

Dessa forma, tem sido difícil conciliar a íntima ligação destes profissionais com as famílias a que servem diante das garantias legais. A luta da classe é legal, é justa, o que é reconhecido até por patrões cônscios de suas responsabilidades. A única saída encontrada pelas partes é munir-se de diálogo sincero, bom senso e prudência, sem os quais fatalmente os resultados não serão nada agradáveis.

Mas não é somente a situação financeira de muitos brasileiros que inviabiliza o cumprimento do que determina a lei, principalmente na questão salarial. Infelizmente, também se observa em muitos casos a mesquinhez e a falta de espírito humanitário dos muitos que podem arcar com seus deveres patronais, mas não o fazem. Em algumas situações só se equiparam ao que era praticado no sistema escravista.

Mas enquanto a situação dos brasileiros não melhora, que se busque uma solução que satisfaça a ambas as partes (patrões e empregados). Que, pelo menos, haja esforço para que seja cumprido o dever humanitário de evitar a discriminação.

Que se ponha em prática o respeito profissional, o que é dispensado a outras atividades, valorizando a classe dos domésticos e das domésticas, quando merecer, e que se trate e remunere dignamente esses trabalhadores que, na maioria das vezes. já fazem até parte da família. 

Para que isso ocorra, também se faz necessário que domésticos e domésticas também façam sua parte: cumprir fielmente seus deveres de empregado, organizar-se em associações e continuar exercitando, com equilíbrio, a defesa de seus direitos.  

Em tempo: Você já cumprimentou e parabenizou hoje a sua secretária (o seu secretário) do lar?
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SANTA ZITA - Quem foi

Santa Zita, nasceu no ano 1218, em Monsagrati, numa aldeia próximo a Lucca, na Itália. Filha de camponeses tementes a Deus. Sua mãe, apesar de ser uma mulher muito sofrida e totalmente analfabeta, fazia questão que Zita estudasse e para isso a incentivava dizendo que Deus teria muito orgulho dela se pusesse afinco em seu estudo.

Era uma criança muito carinhosa e cada segundo livre que tinha corria para um canto isolado para rezar. Foi-lhe confiado o encargo de distribuir as esmolas cada sexta-feira. E dar do seu pouco, da sua comida, das suas roupas, daquilo que possuía. Como era muito pobre, foi trabalhar como doméstica aos 12 anos de idade na casa de uma rica família. Perguntava-se sempre: "Isto agrada ao Senhor"? ou "Isto desagrada a Jesus"? Seu nome era Fatinelli e ele morava ao lado da Igreja local. Para Zita seu emprego era um presente divino e ela agradecia a Deus todos os dias orando logo pela manhã, quando todos da casa ainda dormiam. Também aproveitava as manhãs para ir à missa e retornava apressada para servir aos seus amos sempre de forma discreta e muito amável.

Dizem que um dia foi surpreendida enquanto socorria os necessitados. Mas no seu avental o que era alimento se converteu em flores. Foi domestica por 60 anos. Morreu no dia 27 de abril de 1278, tendo toda a família Fatinelli a quem serviu toda a vida ajoelhada a seus pés. Foi proclamada padroeira das empregadas domésticas do mundo inteiro pelo papa Pio XII. (Fonte: Catolicanet) 

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