A avaliação
negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro subiu 5 pontos e atingiu 36%,
ficando pela primeira vez numericamente à frente da avaliação positiva, que
oscilou 1 ponto para baixo e atingiu 34%, apontou pesquisa XP/Ipespe nesta
sexta-feira.
Segundo a pesquisa,
a avaliação negativa do governo de Bolsonaro cresce desde fevereiro, quando
estava em 17 por cento. Já a avaliação positiva tem recuado, em fevereiro era
de 40 por cento.
De acordo com o
levantamento, o segundo realizado dentro do mês de maio, o número de pessoas
que consideram o governo regular caiu para 26% na terceira semana ante 31% na
primeira semana, indicando uma migração desse grupo para o campo da avaliação
negativa. Não responderam ou não sabiam avaliar 4% dos entrevistados, ante 3%
no levantamento passado.
A pesquisa também
apontou uma piora na expectativa da população para o restante do mandato de
Bolsonaro. Aqueles que esperam que o restante do governo seja ótimo ou bom
caíram para 47% ante 51% na primeira semana de maio, enquanto o percentual dos
que têm expectativa de que o restante do mandato será ruim ou péssimo subiu
para 31% ante 27%.
Manteve-se estável
em 17% o número daqueles que esperam que o restante do governo seja regular, e
também permaneceu em 5% o percentual dos que disseram não saber ou que não
responderam sobre a expectativa para o restante do mandato.
A margem de erro do
levantamento é de 3,2 pontos percentuais. Foram feitas 1.000 entrevistas
telefônicas nos dias 20 a 21 de maio. A pesquisa foi realizada pela XP
Investimentos em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e
Econômicas (Ipespe).
Pela primeira vez a
pesquisa XP/Ipespe questionou os entrevistados sobre o andamento da agenda de
Bolsonaro no Congresso, e apenas 4% avaliaram como satisfatório. Para 35%, a
agenda tem prosseguido lentamente por culpa do governo e do Congresso, enquanto
30% creditaram o ritmo lento à atuação apenas do Congresso e 20% culparam só o
governo pela lentidão.
Sobre as
manifestações de 15 de março contra o congelamento de verbas para a educação,
57% disseram que os atos tiveram importância, enquanto 38% disseram que o
movimento não teve relevância. Para 86% dos entrevistados, os protestos
provavelmente vão voltar a ocorrer. (JB/Reuters)
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