
O ministro da Educação, Abraham Weintraub (foto), não
descartou novos bloqueios no orçamento da pasta após previsão de crescimento
menor da economia. A equipe econômica do governo Jair Bolsonaro (PSL) fará
uma revisão de crescimento da economia para entre 1,5% é 2% neste ano. Isso
pode levar a um bloqueio de até R$ 10 bilhões -o que se somaria aos mais de R$
30 bilhões de contingenciamento de todo o governo.
O MEC (Ministério da Educação) sofreu congelamento de R$ 7,4 bilhões. Weintraub
tem insistido que o descongelamento desses recursos depende da aprovação da
reforma da Previdência. Mas com a informação de revisão do crescimento da
economia, novos cortes não estão descartados.
"Vou perguntar para o [ministro da Economia] Paulo Guedes especificamente
sobre isso. Hoje não tenho como antecipar", disse. "A única certeza
na vida é a morte e os impostos", completou ele, ao ser questionado se a
Educação estaria blindada.
O ministro recebeu jornalistas em um café da amanhã nesta terça-feira (15). Ele
apresentou informações já prestadas no Senado na última semana e reafirmou que
a prioridade do governo na área será a educação infantil, embora não tenha
detalhado qualquer ação.
Os bloqueios de orçamento no MEC atingiram recursos que vão da educação
infantil à pós-graduação. Nas universidades federais, chegam a R$ 2 bilhões, o
que representa 30% da verba discricionária (que não conta salários, por
exemplo).
Apesar dos cortes, Weintraub, que é economista, indicou que a decisão sobre o
impacto que a educação terá será da área econômica. "É difícil ver
alguém de um ministério social se recusando a atacar o ministério da Economia
se ele estiver fazendo o trabalho dele. Eu vou bater de mão fechada se eles
forem contingenciar o contingenciado. Eu tenho condição de saber se eles estão
fazendo um trabalho direito".
Entidades educacionais, estudantes e professores convocaram para esta
quarta-feira (15) uma série manifestações pelo Brasil. Weintraub não quis
comentar o assunto.
Força Nacional - O MEC convocou a presença da Força Nacional, que já está presente diante da
pasta nesta terça. O secretário executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel, disse
que o chamado foi feito por precaução.
"Se a gente não chama, a gente é responsabilidade", disse.
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