O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou nesta segunda-feira (24), que a Casa deve seguir a decisão do Senado e
derrubar o decreto de Bolsonaro que flexibiliza o porte de armas.
A intenção de Maia é articular que alguns pontos do
texto sejam antes aprovados por meio de projetos de lei, partido do
Senado.
"Depois da decisão do Senado de derrubar o
decreto de armas, na minha opinião esse pode ser o caminho da Câmara. Mas nós
entendemos sob a liderança dele [o presidente do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM-AP)] que existem alguns pontos que são constitucionais e precisam ser
tratados por lei", afirmou durante podcast publicado em suas redes sociais
nesta manhã.
Maia diz que articula com o Senado a aprovação de
pontos como a ampliação da posse rural de armas para toda a propriedade e não
apenas na sede, e flexibilização para colecionadores.
"O Senado organizando essa votação a gente
organiza a questão do decreto", afirmou. "Aprova por lei aquilo que é
correto, constitucional. Tudo aquilo que não seja constitucional não é nem
correto que o Congresso aceite".
O presidente da Câmara voltou a afirmar que espera
votar a reforma da Previdência ainda nesta semana na comissão especial e
aprovar o texto no plenário no mês de julho.
"A gente tem uma expectativa se nada mudar que
a gente possa votar até quinta-feira [27] na comissão a reforma da Previdência,
deixar o projeto pronto para o plenário", afirmou.
Outro projeto que é considerado prioritário é o
marco do saneamento, que foi aprovado pelo Senado. Maia disse que quer votá-lo
neste semestre ou na primeira semana de agosto.
Neste semestre o prazo é curto para votações,
porque, com as festividades de São João, o plenário tende a ser esvaziado nesta
semana. Além disso, há o recesso parlamentares nas duas últimas semanas de
julho.
Maia diz ainda que quer instalar a comissão
especial que analisará a reforma tributária nesta semana. O colegiado já foi
criado, mas não está em funcionamento. A ideia é que comece a tramitar logo que
a Previdência saia da fase de comissão, para não haver conflito com as duas
propostas. (JB)
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