O ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), decidiu que não vai devolver para
julgamento nesta terça-feira, 25, o processo que trata
da suspeição do ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro no processo que levou
à prisão do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, no caso do triplex do Guarujá. Com
isso, a Segunda Turma da Corte só deve analisar o tema após o recesso do
Judiciário, a partir de agosto.
O Estado apurou que o ministro decidiu tomar esta decisão
após a presidente da Turma, ministra Cármen Lúcia, colocar o julgamento do
habeas corpus como 12.º item da pauta. Assim, mesmo que o pedido de vista de
Gilmar fosse devolvido, não daria tempo de o caso ser analisado amanhã.
O fato de envolver um
réu preso, o que geralmente dá caráter de urgência à análise do habeas corpus,
não obriga o Supremo a julgar o tema o quanto antes. Ministros consultados pelo Estado observam que Lula já foi condenado em segundo grau.
Conforme mostrou o Estado nesta segunda-feira, 24, o
voto decisivo do julgamento deve ficar na mãos do ministro Celso de Mello, decano da Corte.
A defesa do petista
acusa o ex-juiz da Lava
Jato de ‘parcialidade’ e de agir com ‘motivação
política’ ao condená-lo no caso do triplex. Os
defensores pediram para que o julgamento seja mantido o julgamento para esta
terça, 25.
“Alguns
dizem que ao anular meu processo estarão anulando todas as decisões da Lava
Jato, o que é uma grande mentira pois na Justiça cada caso é um caso”, afirmou
Lula, em carta endereçada ao ex-ministro das Relações Exteriores
Celso Amorim. (Estadão)
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