Trata-se da primeira queda na série do indicador desde o trimestre encerrado em junho. No período entre maio e julho, a taxa estava em 11,8%. Já no trimestre encerrado em outubro do ano passado, a taxa foi de 11,7%. Veja gráfico abaixo:
Apesar
de redução de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre que vai de maio a
julho, o IBGE considera que houve que a taxa de desemprego segue
estatisticamente estável.
De
acordo com a analista da pesquisa Adriana Beringuy, a "estabilidade"
está relacionada a um crescimento menor da população ocupada.
A população ocupada no país somou 94,1
milhões, o que
representa um avanço de 0,5% (mais 470 mil pessoas) em relação ao trimestre
anterior e de 1,6% (mais 1,4 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre
de 2018.
Já
o número de
desempregados recuou em 202 mil na comparação com o trimestre anterior, mas
aumentou em 58 mil frente ao mesmo período do ano passado, quando eram 12,309
milhões de trabalhadores brasileiros desempregados.
Trabalho
sem carteira e por conta própria batem novo recorde
Apesar
do desemprego ainda alto, os dados do IBGE mostram que o mercado de trabalho
prossegue em trajetória de recuperação gradual, ainda que puxada pelo avanço da
informalidade, que em 2019 atingiu nível recorde.
“Isso
já está consolidado. Não tem como a gente não observar esse movimento de alta
da informalidade. Quando abrimos a análise, vemos que o emprego sem carteira
assinada e o trabalho por conta própria são os que mais impulsionam esse
movimento”, destacou a pesquisadora do IBGE.
No
trimestre encerrado em outubro, o emprego sem carteira assinada e trabalho por
conta própria voltaram a bater recorde.
O número de empregados sem carteira de
trabalho assinada atingiu novo patamar recorde de 11,9 milhões de pessoas, o que representa um
crescimento anual de 2,4% (mais 280 mil pessoas).
A categoria por conta própria chegou a 24,4
milhões de pessoas, o que representa uma alta de 3,9% (mais 913 mil pessoas) em relação ao
mesmo período de 2018.
A taxa de informalidade no mercado de trabalho
ficou em 41,2%, o que representa uma estabilidade frente ao trimestre móvel anterior, reunindo um contingente total de 38,8 milhões de
brasileiros
Emprego com carteira
Já
o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado somou
33,2 milhões, o que segundo o IBGE representa uma estabilidade na comparação
com o trimestre anterior e na comparação anual.
O Brasil gerou 70.852 empregos com carteira assinada em outubro, de
acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
divulgados na semana passada pelo Ministério da Economia. Nos dez primeiros
meses deste ano, foram criados 841.589 empregos com carteira assinada.
Subutilização
e desalento caem
A
taxa de subutilização da força de trabalho caiu, passando de 24,6% no trimestre
móvel anterior para 23,8%, o que representa 972 mil pessoas a menos. Mesmo
assim, ainda são 27,1 milhões de pessoas nessa condição, o que representa uma
estabilidade frente ao mesmo período de 2018.
O
número de desalentados também recuou, para 4,6 milhões, com queda de 4,5%
(menos 217 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior, mas
estatisticamente estável frente ao mesmo trimestre de 2018.
O
número de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas diminuiu 4,5% em
relação ao trimestre anterior, com uma redução de 332 mil pessoas, mas também
ficou estável em relação ao mesmo trimestre de 2018, atingindo 7 milhões de
trabalhadores.
Rendimento
fica estável, mas massa de rendimento cresce
O rendimento médio real do trabalhador ficou
em R$ 2.317 no
trimestre no trimestre encerrado em outubro, ante R$ 2.292 no trimestre
anterior e R$ 2.298 na comparação anual. Já a massa de rendimento real foi
estimada em R$ 212,8 bilhões.
Quando
comparada ao trimestre móvel de maio a julho de 2019, cresceu 1,8%, ou cerca de
mais R$ 3,7 bilhões. Segundo o IBGE, foi o primeiro aumento estatisticamente
significativo desde o trimestre de agosto a outubro de 2017.
(G1)
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