A presidência do Conselho da Stop TB Partnership,
instituição internacional que busca eliminar a tuberculose no mundo, passa a
ser do Brasil, a partir desta segunda-feira (9), quando o ministro da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta (foto), assume o comando do conselho da entidade por um período
de três anos.
“Eu aceitei um desafio que me foi colocado, mesmo
sabendo das dificuldades que o cargo me impõe de Ministro da Saúde para
coordenar mundialmente a Stop TB. No Brasil, conseguimos, graças à parceria com
os secretários estaduais e municipais de saúde, cerca de 80% de tratamentos
completados”, disse Mandetta.]
A instituição é reconhecida como um órgão internacional
único, com capacidade de alinhar atores em todo o mundo na luta contra a
tuberculose. A Stop TB conta com cerca de 1.700 representantes em mais de 100
países, incluindo governos, organizações internacionais, agências de pesquisa e
financiamento, além de fundações e organizações não governamentais.
Participam, atualmente, do conselho da instituição
o ministro da Saúde da África do Sul, Aaron Motsoaledi, e o diretor executivo
do Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária, Peter Sands. A tuberculose
está entre as 10 principais causas de morte em todo o mundo, com cerca de 10
milhões de novos casos anualmente.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, em 2018,
foram diagnosticados 76.228 casos novos de tuberculose, o que corresponde a um
coeficiente de incidência de 36,6 casos para cada 100 mil habitantes. O número
representa cerca de um terço de todos os casos registrados na região das
Américas. Entre 2009 e 2018 houve queda média anual de 0,3% no coeficiente de
incidência da doença.
A tuberculose tem cura e tanto o diagnóstico como o
tratamento são ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS), sem custos aos
cidadãos. Mas, para alcançar a cura, é preciso completar o tratamento que dura,
em média, seis meses.
Com o mandato de três anos na Stop TB, o Brasil,
por meio do ministro Luiz Henrique Mandetta, tem a missão de ser porta-voz da
luta mundial contra a tuberculose para reduzir a circulação da doença até 2035
– meta defendida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
(Ag. Brasil)
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