O Índice de
Desenvolvimento de Gênero (IDG), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (Pnud) nesta segunda-feira (9), aponta que as mulheres no
Brasil estudam mais, porém possuem renda 41,5% menor que os homens.
O IDG aponta
os mesmos indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) — de saúde,
educação e renda — em 166 países, mas com separação por sexo. O IDH do Pnud
também foi divulgado nesta segunda e coloca o Brasil na 79ª
posição, com 0,761. Medido anualmente, o IDH vai de 0 a 1 – quanto
maior, mais desenvolvido o país.
O IDH para
mulheres mostrou que as brasileiras estão em melhores condições de saúde e
educação que os homens, mas ficam abaixo quando o assunto é renda bruta.
No Brasil, as
mulheres têm mais anos esperados de escolaridade (15,8 frente a 15 dos homens)
e maior média de anos de estudo (8,1 anos contra 7,6 dos homens). A Renda
Nacional Bruta (RNB) per capita, medida anualmente, da mulher, no entanto,
equivale a US$ 10.432 contra US$ 17.827 do homem, com base em números de 2018.
Pelo
levantamento, o IDH dos homens foi de 0,761 e o das mulheres de 0,757, o que
gera um IDG, que mede a desigualdade entre os gêneros, de 0,995. O valor é
menor que o de países como Uruguai (1,016), Rússia (1,015) e Venezuela (1,013),
e maior que o de Argentina (0,988), Colômbia (0,986) e África do Sul (0,984).
O IDG também
indicou, no Brasil, maior esperança de vida ao nascer para mulheres, de 79,4
anos de idade, contra os 72 anos previstos para o homem.
Poucas
mulheres no Parlamento
O Relatório
de Desenvolvimento Humano indica, ainda, o chamado Índice de Desigualdade de
Gênero (GII, da sigla em inglês), que aponta as desigualdades em três
dimensões: saúde reprodutiva, empoderamento e atividade econômica. Por este
índice, que quanto mais perto de 0, melhor, o Brasil fica na 89ª posição entre
162 países, com 0,386.
O
levantamento mede a saúde reprodutiva pela mortalidade materna e pelas taxas de
natalidade na adolescência. O empoderamento é medido pela parcela de assentos
no parlamento ocupada por mulheres e pelo ensino médio e superior completos por
cada gênero. Já a atividade econômica é medida pela taxa de participação no
mercado de trabalho por mulheres e homens.
Neste
quesito, chama a atenção a baixa participação de mulheres no Parlamento.
Segundo o levantamento, esse valor foi de 15% em 2018. O índice é menor até que
o da Nigéria, país com menor IDH do mundo, onde as mulheres ocupam 17% dos
assentos no Parlamento. (G1)
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