sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

PRIMEIRO PLANO - Prof. Leunam Gomes (*)

 


A foto é de 1937, durante a pandemia da Poliomielite. Tal como agora, as escolas foram fechadas e os Professores passaram a dar aulas pelo Rádio.


Na pandemia atual, alguns municípios recorreram ao Rádio para manter o contato com os alunos. Acho que esta deveria ser uma relação permanente. O Rádio é insuperável. 

Em 1961, a pandemia era o analfabetismo de adultos. Então a Igreja Católica criou o Movimento de Educação de Base – MEB, para fazer a alfabetização pelo Rádio.

Em 1967, foi no MEB, o meu primeiro emprego. Era em Sobral. O MEB era vinculado às dioceses que receberam as Rádio Educadoras, através das quais fazíamos os trabalho.

Além dos programas radiofônicos, fazíamos as visitas às escolas que funcionavam na zona rural nas mais variadas condições. Em Capelas, salas cedidas pelas famílias, Casas de Farinha etc.

Uma experiência extraordinária. O Rádio substituía o Professor. A coordenação das salas ficava a cargo de lideranças previamente preparadas para a tarefa.

Em 1971, no pior período da ditadura, veio a Censura. A Policia Federal passou a nos vigiar.
E só podíamos levar o programa ao ar, após o carimbo da Censura Federal.

E quando estávamos sendo ouvidos, diariamente, em mais de 300 comunidades, na área da Arquidiocese de Fortaleza, a PF forçou a nossa demissão e da Equipe Nacional, do Rio.

Agora, há outros recursos bem mais sofisticados, mas que requerem uma preparação muito maior dos Professores e as condições técnicas ao alcance dos alunos.

Tive, segunda feira, uma experiência numa aula de Filosofia da Educação com turmas de Pedagogia de Sucesso, Tamboril, com Olavo, Elenilce, Mikaele e Irlanda.

Em Ipaporanga, estavam Jéssica, Ivoneide, Jorgiana e Daniela. Presente também a professora Luana e o Coordenador Gleilson.     


Sem dúvida, algumas ideias ficam. Mas é importante que o Professor se prepare bem, sobretudo no linguajar.

A linguagem simples é importante para que os alunos compreendam. Para isto é indispensável colocar-se no lugar dos alunos que estão em frente à tela.

Felizmente, a maioria está tendo o bom senso de não abrir as escolas neste período. A responsabilidade é muito grande. Sem a vacina para todos, é um grande risco.

Os conhecimentos se adquirem em qualquer época. Um vida perdida nunca se vai recuperar. E aí o caminho é tirar o melhor proveito do ensino à distância.

Segundo os especialistas, estamos atravessando o período mais difícil da pandemia. Sem a vacina, precisamos ser rigorosos no cumprimento do que nos é possível fazer.

Uso da máscara, higiene das mãos e isolamento social são indispensáveis. Não é brincadeira. Os impacientes com estas medidas se transformam em pacientes nos hospitais.

Um deputado federal do Ceará, candidato a Prefeito de Fortaleza, nas ultimas eleições, está apresentando um projeto para proibição do uso de máscara.

O mundo todo defende o uso da máscara e aparece este que queria endireitar Fortaleza, com uma proposta desta. É do grupo do genocídio? Deve ser estimulador de aglomerações.


Um grupo de Mulheres de Fortaleza organizou e fará o lançamento do livro TEREZA, VALEU A LUTA, no Dia Internacional da Mulher – 08 de março.

O evento contará com o apoio da Comissão Especial de Anistia Wanda Sidou que, na oportunidade homenageará as mulheres anistiadas do Ceará.

 

(*) LEUNAM GOMES - Ex-aluno dos seminários de Sobral e Olinda, onde concluiu os cursos de Filosofia e Teologia. Professor aposentado da UVA, Mestre em Gestão e Modernização Pública, Radialista, autor dos livros: SEMINÁRIO DE SOBRAL-AD VITAM-65 DECLARAÇÕES DE AMOR, PROFESSOR COM PRAZER é UM HOMEM DE PALAVRA. 

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