O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, em coletiva nesta quinta-feira (8), que grávidas sem comorbidades poderão se vacinar contra a Covid-19, desde que isso seja feito com a vacina da Pfizer ou a CoronaVac.
As
vacinas de vetor viral – a da AstraZeneca e
da Johnson – não deverão
ser utilizadas em grávidas.
Na
terça-feira (6), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia recomendado que grávidas não recebessem as
vacinas de vetor viral.
O
ministro também disse que a combinação
de vacinas – receber a primeira dose de uma vacina
seguida da segunda dose de outra – não está
autorizada nem em gestantes, nem em nenhum público –
e que os municípios não devem fazer a combinação por conta própria.
"Os
secretários estaduais, municipais, têm autonomia, mas não para mudar o cerne do
que foi discutido na política tripartite. Não pode ficar criando esquemas
vacinais diferentes de maneira discricionária sem ouvir o Programa Nacional de
Imunizações", disse Queiroga.
A combinação da primeira dose da AstraZeneca com a segunda dose da Pfizer em grávidas já havia sido autorizada em pelo menos dois estados: no Rio de Janeiro e no Ceará. No caso do Ceará, a autorização também foi estendida a puérperas.
"A intercambialidade não está autorizada em grávidas ou em não grávidas", reforçou o ministro.
As grávidas
que já receberam a vacina da AstraZeneca vão completar a imunização com a mesma
vacina após o puerpério (período
de 45 dias após o parto), segundo o ministro.
Vacinação
em gestantes: números
Mesmo
antes da nova orientação do Ministério da Saúde, vários municípios já vacinavam
grávidas sem comorbidades.
Segundo
dados apresentados pela secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19,
Rosana Leite de Melo 313.235 grávidas já foram
vacinadas contra a Covid no Brasil, da seguinte forma:
Vacinação de gestantes no Brasil por
fabricante
Fonte: Ministério da Saúde
201.452
receberam a Pfizer
63.581 receberam a CoronaVac
48.202 receberam a AstraZeneca.
Entre as
vacinadas – com qualquer vacina –, foram identificados 439 eventos adversos.
Desses, 24 foram graves. Entre eles, houve 4 mortes, mas 3 não tiveram relação
com a vacina. Uma morte foi relacionada à
vacina, mas o óbito não teve relação causal com a gestação, segundo
a pasta. (G1)
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