Começa nesta
terça-feira (13/7) a inscrição para o segundo semestre do Programa Universidade
para Todos (Prouni), que nesta edição oferece 134.329 bolsas (69.482 integrais
e 64.847 parciais) em universidades particulares de todo o país.
As inscrições devem ser feitas até as 23h59 de 16 de julho, sexta-feira (horário de Brasília).
Esta é a primeira
vez que os candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de
2020 poderão usar suas notas para tentar uma bolsa — na primeira edição do
Prouni deste ano, para o primeiro semestre de 2021, foram considerados
excepcionalmente os resultados do Enem de 2019, uma vez que o Enem 2020 teve
datas adiadas por conta dos impactos da pandemia de coronavírus.
O Prouni é uma
chance, por exemplo, para pessoas que não conseguiram com sua nota do Enem uma
vaga em universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu),
e podem agora entrar em uma faculdade privada com uma bolsa.
O programa do Ministério da Educação atende pessoas sem diploma universitário e que têm renda de até três salários mínimos — com algumas exceções. Confira abaixo estes e outros detalhes.
Prazos em julho e agosto
Antes dos
detalhes, os principais prazos do Prouni do 2º semestre de 2021:
- Inscrições: 13 a
16 de julho;
- Resultado da
primeira chamada: 20 de julho;
- Comprovação de
informações da primeira chamada: 20 a 28 de julho;
- Resultado da
segunda chamada: 03 de agosto;
- Comprovação de
informações da segunda chamada: 03 a 11 de agosto;
- Registro de
interesse em participar da lista de espera: 17 a 18 de agosto.
Requisitos: Enem, renda e perfil
A candidata ou o candidato a uma bolsa devem ter participado do Enem 2020 e tirado uma nota igual ou superior a 450 pontos na média das cinco provas que compõem o exame, e também nota acima de zero na prova de redação. Não pode se inscrever quem fez o Enem na modalidade de "treineiro". Quanto maior a nota, maior a chance de conseguir uma bolsa.
Com exceção de
professores (leia mais abaixo), os candidatos devem comprovar renda familiar
bruta de até 1,5 salário mínimo mensal por pessoa para bolsas integrais; e de
até 3 salários mínimos por pessoa para bolsas parciais (de 50%). Mesmo pessoas
e parentes que não sejam assalariados, mas sim autônomas e pensionistas, entre
outras, têm formas para comprovar a renda familiar, como explica o site do Prouni.
Além dos critérios
referentes ao Enem e à renda, o candidato deve se encaixar ainda em alguma
dessas três situações:
1) Ter cursado
todo o ensino médio na rede pública, ou ter sido bolsista integral em uma
escola particular; ou uma combinação das duas coisas (parte do ensino médio na
rede pública, parte como bolsista integral)
2) Ter alguma
deficiência, independente de ter cursado ensino médio na rede pública ou
particular;
3) Ser professor
da rede pública não graduado, efetivamente exercendo o magistério no ensino
básico e integrando o quadro de pessoal permanente de uma instituição pública.
Neste caso, não é necessário comprovar renda.
O que é preenchido na inscrição
A inscrição,
gratuita e online, deve ser feita no site do Prouni.
O candidato deve
ter ou fazer um login na plataforma do governo federal gov.br; e depois
preencher informações sobre si e sobre sua família (como dados referentes à
renda).
Depois, é preciso
selecionar, em ordem de preferência, até duas opções de curso universitário —
com variações na instituição, local, formação, turno e tipo de bolsa. Até o fim
do prazo de inscrição, o candidato pode alterar suas opções — fica valendo a
última opção confirmada.
O próprio sistema
do Prouni apresenta as notas de corte para cada curso, o que pode orientar as
escolhas de instituição, turno, tipo de bolsa entre outros. Estes dados não são
atualizados em tempo real e mudam conforme entram as notas dos inscritos são
inseridas — portanto, são apenas uma referência, e não "garantia de
pré-seleção para a bolsa ofertada", segundo site do programa.
Há também bolsas
reservadas e que podem ser selecionadas por pessoas com deficiência ou
autodeclaradas indígenas, pardos e pretas. Estas também devem cumprir os requisitos
apresentados anteriormente (como de renda e nota mínima no Enem).
Pré-seleção
Tanto na primeira quanto na segunda chamada do Prouni, os candidatos pré-selecionados têm um prazo para comprovar, com documentos, as informações fornecidas na inscrição.
Segundo o
Ministério da Educação, essa entrega de documentos pode ocorrer virtualmente,
no site da universidade pretendida; ou presencialmente, a depender da
instituição.
As universidades
podem realizar ainda um processo seletivo próprio e sem taxas entre os
pré-selecionados do Prouni — informando-os em até 24h após o resultado os
detalhes e critérios desta etapa adicional.
Lista de espera
Depois das duas
chamadas, se ainda sobrarem bolsas, há uma nova chance: a lista de espera, para
a qual o candidato deve registrar interesse em participar através do site do
Prouni.
Esta lista é
destinada a pessoas com situações variadas, como as que não foram
pré-selecionadas nas chamadas regulares ou que se inscreveram em cursos que
acabaram não formando turmas.
Prouni, Sisu e Fies
Assim como o
Prouni, o Sisu utiliza dados do Enem para selecionar candidatos a vagas em
universidades — neste caso, públicas.
Pode acontecer de
uma pessoa ser selecionada nos dois processos. Neste caso, ela deve optar pela
vaga através do Sisu ou do Prouni.
Há ainda uma
interseção entre o Prouni e outro programa fundamental para o acesso ao ensino
superior no Brasil, o Programa de Financiamento Estudantil - Fies.
Para quem
conquistou uma bolsa parcial, mas não pode pagar 50% da mensalidade, é possível
se candidatar também a um financiamento, caso a universidade ofereça essa
opção. (BBC)
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