O talentoso "Menestrel de Cachoeiro de
Itapemirim" é um dos notáveis representantes da seleta plêiade do que há
de melhor no cancioneiro popular de nosso imenso país.
Há mais de seis décadas percorre altaneiro a senda
do triunfo artístico, embevecendo várias gerações com belas e inesquecíveis
canções que se cristalizaram na vida de cada um de nós, o que o faz merecedor
do carinho e do afeto do povo brasileiro, que, em justíssima e lúcida
conclamação, deveria proclamar, em uníssono e com altissonante voz, um
"muito obrigado!" por todo o harmonioso conjunto de sua admirável
produção musical, que tantos momentos agradáveis de bom convívio com suas
cativantes melodias sinalizou.
São tantas emoções que o velho Rei Primeiro e Único
da Jovem Guarda proporcionou à sua incontável legião de ardorosos fãs! Bem está
a merecer o carinhoso retorno.
A expressiva música ora reportada ensejou o
interessante e movimentado filme "Roberto Carlos e o Diamante Cor de
Rosa" dirigido em 1969 por um dos simbólicos cineastas da emblemática
safra do Cinema Novo, o fluminense Roberto Farias (1932-2018), em que o filho
de Dona Laura - que bela música ele compôs em homenagem à sua mãe! - contracena
com seus inseparáveis companheiros do icônico e airoso movimento
jovemguardista, o fluminense Erasmo Carlos, "o Tremendão", e a mineira
Vanderléa, "a Ternurinha", nascidos respectivamente em 1941 e 1946,
película que elenca também o eterno vilão do cinema brasileiro, o gaúcho José
Lewgoy (1920-2003), que chegou a estudar artes cênicas na prestigiada
Universidade Yale, no Estado norte-americano de Connecticut, apadrinhado pelo
venerável escritor coestaduano Érico Veríssimo (1905-1875), autor de renomados
livros que muito engrandecem a literatura pátria.
Parabéns, Rei Roberto Carlos!
(*) Francisco Santamaria Mont'Alverne Parente - Juiz de Direito. Membro da Academia Sobralense de Estudos e Letras. Membro da Academia Cearense de Cinema. Ator de radionovela sob a direção de Marques da Cruz.
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