O recuo foi de 1,4 ponto percentual em
relação ao trimestre de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022, quando
a taxa ficou em 11,2%, e de 4,9 pontos percentual na comparação com o mesmo
período de 2021, quando o desemprego estava em 14,7%. Segundo o IBGE, esta foi
a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em maio desde 2015,
quando o indicador registrou 8,3%.
Em números, o Brasil tem hoje 10,6
milhões de pessoas desocupadas. São 1,4 milhão de pessoas a menos frente ao
trimestre anterior, o que representa um recuo de 11,5%. Na comparação
anual, a queda foi de 30,2%, com 4,6 milhões de pessoas a menos desocupadas.
O total de pessoas ocupadas atingiu o recorde
da série iniciada em 2012, com 97,5 milhões. Uma alta de 2,4%, ou mais 2,3
milhões de pessoas, na comparação trimestral, e de 10,6%, ou 9,4 milhões de
pessoas, na comparação anual. O nível da ocupação foi estimado em 56,4%, alta
de 1,2 ponto percentual frente ao trimestre anterior e de 4,9 pontos
percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2021.
Subutilização
A taxa composta de subutilização caiu 1,7
ponto percentual em relação ao trimestre móvel encerrado em fevereiro, para
21,8%. Na comparação com o trimestre encerrado em maio de 2021, a queda foi de
7,4 pontos percentuais. A população subutilizada ficou em 25,4 milhões de
pessoas, uma queda de 6,8% frente ao trimestre anterior e de 23,8% na
comparação anual.
A subocupação por insuficiência de horas
trabalhadas atinge um contingente de 6,6 milhões de pessoas, número estável
ante o trimestre anterior e 11,1% menor do que no mesmo período do ano passado.
A população fora da força de trabalho caiu 0,8% na comparação trimestral, para
64,8 milhões de pessoas. Na comparação anual, a queda foi de 4,7% , o que
representa 3,2 milhões de pessoas menos nessa situação.
A população desalentada está em 4,3 milhões
de pessoas, uma queda de 8,0% em relação ao trimestre anterior, com menos 377
mil pessoas, e de 22,6% na comparação anual, o que representa 1,3 milhão de
pessoas. O percentual de desalentados na força de trabalho ficou em 3,9% no
trimestre móvel encerrado em maio.
Formalidade
O número de empregados com carteira de
trabalho assinada no setor privado subiu 2,8% no trimestre, para 35,6 milhões
de pessoas. Na comparação anual, o aumento foi de 12,1%, o que representa um
contingente de 3,8 milhões de pessoas. Por outro lado, o número de empregados
sem carteira assinada no setor privado foi o maior da série, com 12,8 milhões
de pessoas, um aumento de 4,3% no trimestre e de 23,6% no ano.
Os trabalhadores por conta própria ficaram
estáveis em 25,7 milhões de pessoas no trimestre, mas o contingente subiu 6,4%
na comparação anual, com mais 1,5 milhão de pessoas. As
trabalhadoras domésticas são 5,8 milhões, número estável em relação ao
trimestre anterior e 20,8% maior na comparação anual, com a entrada de 995 mil
pessoas nesse setor.
Os empregadores subiram 4,1% frente ao
trimestre anterior, chegando a 4,2 milhões de pessoas. Na comparação anual o
aumento foi de 16,2%. O setor público emprega 11,6 milhões de pessoas, número
2,4% maior do que no trimestre anterior e estável na comparação anual.
Com isso, a taxa de informalidade ficou em 40,1%
da população ocupada, contra 40,2% no trimestre anterior e 39,5% no mesmo
trimestre de 2021. No trimestre móvel encerrado em maio, o Brasil tinha 39,1
milhões de trabalhadores informais. A força de trabalho foi estimada em 108,1
milhões de pessoas, o maior contingente da série histórica. A alta foi de 0,8%
no trimestre e de 4,6% no ano.
Atividades
Segundo o IBGE, apresentaram aumento de
contingente ocupado na comparação trimestral as atividades: indústria geral
(2,5%, ou mais 312 mil pessoas); construção (2,9%, ou mais 210 mil pessoas);
comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (1,5%, ou mais 281
mil pessoas); transporte, armazenagem e correio (4,6%, ou mais 224 mil
pessoas); alojamento e alimentação (3,6%, ou mais 186 mil pessoas); informação,
comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e
administrativas (2,8%, ou mais 311 mil pessoas); administração pública, defesa,
seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,8%, ou mais 466
mil pessoas); e outros serviços (3,7%, ou mais 182 mil pessoas).
Na comparação com o trimestre encerrado em
maio de 2021, as alta foram em: indústria geral (11,0%, ou mais 1,3 milhão de
pessoas); construção (13,2%, ou mais 866 mil pessoas); comércio, reparação de
veículos automotores e motocicletas (15,3%, ou mais 2,5 milhões de pessoas);
transporte, armazenagem e correio (14,0%, ou mais 629 mil pessoas); alojamento
e alimentação (26,9%, ou mais 1,1 milhão de pessoas); informação, comunicação e
atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (4,0%, ou
mais 449 mil pessoas); administração pública, defesa, seguridade social,
educação, saúde humana e serviços sociais (3,6%, ou mais 580 mil pessoas);
outros serviços (20,7%, ou mais 878 mil pessoas); e serviços domésticos
(20,4%, ou mais 990 mil pessoas).
Rendimento
Apesar do aumento na ocupação, o rendimento
real habitual ficou estável frente ao trimestre anterior e teve queda de 7,2%
no ano, com o valor de R$ 2.613. A massa de rendimento real habitual chegou a
R$ 249,8 bilhões, uma alta de 3,2% no trimestre e de 3,0% no ano.
Na comparação com o trimestre anterior, o
rendimento apresentou estabilidade em todos os grupamentos de atividades. Na
comparação anual, houve aumento em transporte, armazenagem e correio (6,1%, ou
mais R$ 146). Por outro lado, apresentaram redução a indústria (6,9%, ou menos
R$ 184); informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias,
profissionais e administrativas (7,1%, ou menos R$ 283); e administração
pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais
(13,3%, ou menos R$ 567).
(Ag. Brasil)
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