"No Brasil, Jair Bolsonaro é acusado de tentar
se apropriar de joias no valor de mais de 1 milhão de dólares", diz o
título da matéria. Na linha fina, os franceses recordam que o escândalo veio a
público na imprensa brasileira em março de 2023, depois que agentes da Receita
Federal apreenderam as joias com Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e
Energia, em 2021. "A polícia recomenda a acusação formal do
ex-presidente", diz a publicação.
A matéria reproduz informação oriunda da PF de que
Bolsonaro "se beneficiou de um esquema ilegal de venda de joias e artigos
de luxo recebidos no Brasil, avaliados em um total de 1,22 milhão de dólares
(1,1 milhão de euros)".
O texto explica que o indiciamento já havia
ocorrido na última semana e que Bolsonaro está indiciado ao lado de outras 11
pessoas por associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. Também cita o
discurso do ex-presidente, que se diz "vítima de perseguição".
O jornal destacou as peças adquiridas em viagens ao
Oriente Médio e informou que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu ao
procurador-geral da República, Paulo Gonet, quinze dias para decidir
formalmente sobre a acusação de Jair Bolsonaro.
"Entre os presentes estavam um anel, um colar
e brincos da marca suíça Chopard, avaliados em cerca de 828.000 dólares
(765.000 euros), além de relógios Chopard e Rolex de ouro e diamantes, e outros
itens de joalheria, conforme o relatório policial de quase 500 páginas. Após a
revelação do caso, conselheiros de Jair Bolsonaro recuperaram e devolveram ao
Estado alguns dos objetos vendidos, detalha o relatório. Segundo a Polícia
Federal, os valores obtidos com as vendas 'poderiam ter sido usados para cobrir
as despesas de Jair Bolsonaro' nos Estados Unidos, onde ele passou alguns meses
após o término de seu mandato", diz o
trecho final da matéria.
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