E agora, José?
Lamentavelmente, milhões de brasileiros continuam esbarrando na indecisão ou na falta de confiança sintetizadas na frase-título deste artigo.
Num
dia como hoje, em 17 de agosto de 1987, o Brasil perdeu o autor da enigmática
frase, Carlos Drummond de Andrade, aos 75 anos, de parada cardíaca, no Rio de
Janeiro (RJ). Foi um dos mais renomados poetas,
contistas e cronistas brasileiros. A saúde do poeta mineiro vinha
piorando desde que sua única filha, Maria Julieta, morreu em 05.08.1987, em
decorrência de um câncer. Carlos Drummond de
Andrade nasceu em Itabira (MG), em 31.10.1902.
Depois
que Drummond, em 1942, escreveu o poema “JOSÉ?”, o verso inicial “E AGORA,
JOSÉ?” transformou-se em frase de efeito para indicar situações de aflição, de
crucial interrogação. O poeta até chegou a dizer que, de sua vida e obra,
talvez recordariam apenas dessa frase. Do autor, muito pouco se lembrariam).
Detalhe: E é porque foi musicada.
Em
parte, ele tinha razão, dada a memória curta de parte do povo brasileiro. Ainda
bem que tem a outra parte – a que memoriza alguma coisa.
Por
falar em memória, prove que a sua não é curta respondendo sobre as eleições
passadas: Quando elas ocorreram? Que cargos eram disputados? Em que candidatos
votou? Lembrete: mentir pra si mesmo é alimentar o corruto que pode haver
dentro de si.
Mas
voltando àquilo que Carlos Drummond escreveu (E agora, José?), no que concerne
ao voto, o que atormenta também decorre por conta da falta de opções seguras
quanto aos que irão transformar em seus governantes. E, ainda, pela preguiça de
garimpar nomes que ainda se salvam neste lamaçal podre da política (com “p”
minúsculo). Vale ressaltar que, mesmo que raros, ainda existem homens e
mulheres sérios e honestos que fazem a verdadeira Política, que
é uma atividade bonita e extremamente necessária a qualquer
sociedade.
Agora,
debite-se grande parcela de culpa dessa falta candidatos dignos e merecedores
do voto aos dirigentes de partidos, que dão o direito de concorrer a qualquer
pessoa: basta que o perfil do candidato obedeça apenas aos superficiais e vagos
pré-requisitos exigidos na lei eleitoral. E Que se danem a idoneidade moral, a
cultura, os bons propósitos e outras boas qualidade!
Tendo
uma meia dúzia de votos e um dinheirinho pra gastar, a ficha é liberada
imediatamente pra concorrer a qualquer cargo. Entra, então, em cena mais um
perigoso enganador na praça. E aí, Sr. Presidente de partidom como fica?!
E
agora, José? Você, que é eleitor; e agora, Josefa, eleitora? O jeito é
mandar-lhes mais uma dica parodiando Carlos Drumond de Andrade, lembrado hoje
pelos 38 anos de sua partida: Não seja um ou uma qualquer “No Meio do Caminho”
entre você e os maus candidatos!
Seja
aquela pedra de tropeço que pode barrar o politico 171; Lembre-se da Pedro do
meio do caminho a que se refere Drummond nesse seu poema de 1928. Somente sendo
essa pedra, forjada na consciência cívica, no conhecimento da realidade, na
retidão de caráter, na coragem para defender a verdade e no compromisso com o
bem da coletividade você ajudará a evitar que cruze “No Meio do Caminho” de
todos nós esse o maldito verme, o político safado. Assim, só transitará entre
nós quem realmente mereça nosso voto e através dele nos proporcione dias
melhores.
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Dia
do Patrimônio Histórico Nacional
Comemora-se
hoje numa homenagem ao nascimento do advogado, jornalista e escritor
brasileiro, Rodrigo Melo Franco de Andrade, ocorrido em 17 de agosto de 1898,
e que morreu em 11.05.1969. Por meio da Lei nº 378, de 1937, o
governo Getúlio Vargas criou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN), onde o historiador trabalhou até o fim da vida.
Histórico
x Pessoal
Em
muitos municípios, gestores e legisladores sabem cuidar muito bem do
patrimônio, ou melhor, do patrimônio “pessoal”. Comprova-se observando o
descuido com prédios históricos e a quantidade de depredados nessas cidades.
Por aqui, até que o patrimônio histórico é muito bem cuidado e preservado.
Mesmo que, em alguns casos, a passo de tartaruga.
Cinco
anos. IPHAN!
Depois
da morosidade experimentada na reforma da igreja das Dores, agora observamos
arrastar-se a do Museu Diocesano. Fechadas suas portas em 9 de novembro de
2019, o Museu Diocesano Dom José teve prazo de restauração de seis meses,
podendo ser estendido dependendo das necessidades da obra de restauro. Mesmo
sendo o quinto de arte sacra mais importante do Brasil, com mais de trinta
mil peças em seu acervo, o museu da Diocese de Sobral continua fechado. Até
quando?
Dá-lhe, Roberto!
Neste ano, a maioria dos prefeitos que tenta a reeleição
e outros governantes, que desejam eleger (ou reeleger) seus candidatos, usarão
a potência máxima de suas máquinas para inaugurar obras e mais obras, estejam
como estiverem: concluídas ou não. Mas enquanto não chega a hora, muitos
continuam anestesiando suas vítimas (eleitores), saindo-se com essa do Roberto
Carlos (A volta): “Estou guardando o que há bom em mim/Para lhe dar quando você
chegar...”.
Não tenha dúvida
Essa pressa para inaugurar, motivada pela gula por votos,
deixará um saldo de muita coisa mal feita para a população. Além disso, também
um presente de grego para os sucessores. Assim sendo, muitos deixarão o poder
cantarolando aquela outra do Roberto: “E que tudo mais vá pro
inferno...”. Que Deus nos guarde!
DOMINGO NA EDUCADORA FM 107,5 - SOBRAL-CE
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Educadora FM 107.5
Neste domingo (18), Programa Artemísio da Costa na Educadora FM 107,5, às 10h30, com muitas notícias, reportagens, curiosidades e música de boa qualidade. DESTAQUE: Entrevista com colaboradores da APAE SOBRAL: Viviane Aguiar Costa (Especialista em Educação Especial e Inclusiva), Gilberto Carneiro (Professor de Atendimento Educacional Especializado), Lycia da Costa Ramos de Oliveira (Assistente Social) e Dulcivando Azevedo (Professor de Música). PARTICIPE: 3611-1550 // 3611-2496.
UM ABENÇOADO DOMINGO!
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