Segundo
o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos
(Dieese), pela regra anterior o reajuste deveria ser a reposição da inflação
mais 3,2% (variação do Produto Interno Bruto em 2023).
O
reajuste menor vai afetar a remuneração de 59 milhões pessoas que têm o
rendimento ligado ao valor do salário mínimo, como empregados formais,
trabalhadores domésticos, empregadores, trabalhadores por conta própria e
beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Impacto
direto
O
valor do salário mínimo tem impacto direto em despesas do governo federal como
os pagamentos das pessoas aposentadas ou pensionistas, cerca de 19 milhões; de
quem tem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), mais de 4,7
milhões; dos trabalhadores com carteira dispensados do serviço, cerca de 7,35
milhões que acionaram o seguro-desemprego (dado de julho de 2024); e os
trabalhadores que têm direito ao abono salarial (PIS-Pasep), cerca de 240 mil
pessoas no ano passado.
A
empresa Tendências Consultoria, de São Paulo, estima que a nova política de
reajuste de salário mínimo vai gerar R$ 110 bilhões de economia dos gastos
públicos até 2030, sendo que R$ 2 bilhões são previstos em 2025.
Entre
2003 e 2017, o salário mínimo teve 77% de ganho real (acima da inflação). Essa
política de reajuste ficou interrompida entre 2018 e 2022. O salário mínimo no
Brasil foi criado em 1936, durante o governo do ex-presidente Getúlio Vargas.
(Brasil
de Fato)
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