Não
se trata, portanto, de uma nova dose, mas de um novo esquema vacinal para
promover a imunização contra a pólio. A mudança, de acordo com o Ministério da
Saúde, é baseada em evidências científicas e recomendações internacionais. Isso
porque a vacina oral poliomielite (VOP) contém o vírus enfraquecido e, quando
utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos da doença
derivados da vacina.
A
substituição da dose oral pela injetável tem o aval da Câmara Técnica de
Assessoramento em Imunização e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS). A orientação é que a VOP seja utilizada apenas para controle de surtos,
como acontece na Faixa de Gaza. Em agosto passado, a região confirmou o
primeiro caso de pólio em 25 anos – um bebê de 10 meses que não havia recebido
nenhuma das doses previstas.
Entenda
Em
2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a
vacina inativada poliomielite (VIP) no reforço aplicado aos 15 meses de idade,
até então feito na forma oral. A dose injetável já vinha sendo aplicada aos 2,
4 e 6 meses de vida. Já a segunda dose de reforço, antes aplicada aos 4 anos,
segundo a pasta, não se faz mais necessária, já que o esquema vacinal com
quatro doses garante proteção contra a doença.
A
atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à
vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há
notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram
quedas sucessivas nos últimos anos. Em 2022, por exemplo, a cobertura ficou em
77,19%, longe da meta de 95%.
Calendário
completo
O
Ministério da Saúde reforça que a vacinação é reconhecida como uma das
estratégias mais eficazes para preservar a saúde da população e fortalecer uma
sociedade saudável e resistente. “Além de prevenir doenças graves, a imunização
contribui para reduzir a disseminação desses agentes infecciosos na comunidade,
protegendo aqueles que não podem ser vacinados por motivos de saúde”.
O
calendário nacional de vacinação contempla, na rotina dos serviços, 19 vacinas
que protegem em todos ciclos de vida, desde o nascimento até a idade mais
avançada. Além da pólio, a lista de doenças imunopreveníveis inclui sarampo,
rubéola, tétano e coqueluche. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é
responsável por coordenar as campanhas anuais de vacinação, que têm como
objetivo alcançar altas coberturas vacinais e garantir proteção individual e
coletiva.
Confira
aqui os calendários completos de vacinação ofertados via Sistema
Único de Saúde (SUS) para crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.
(Ag.
Brasil)
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