"A noite correu bem; o papa dormiu e está descansando", diz a nota divulgada.
No
fim do domingo, o Vaticano havia divulgado outra atualização sobre o estado de
saúde do pontífice, informando que seus exames de sangue mostram insuficiência
renal inicial "leve", mas que está sob controle.
O
papa não apresenta crise respiratória desde a manhã de sábado, mas foi
submetido a transfusão de sangue, com resultado benéfico, e segue recebendo
oxigênio de alto fluxo por meio de cânulas nasais.
"O
Santo Padre continua alerta e bem orientado", disse o Vaticano na nota
divulgada no domingo, acrescentando que "a complexidade do quadro clínico
e a espera necessária para que as terapias farmacológicas deem algum retorno
fazem com que o prognóstico permaneça reservado".
Durante
a manhã, Francisco participou de uma missa em seu quarto hospitalar, na
companhia da equipe que está cuidando dele durante a hospitalização.
Também
neste domingo, em uma primeira mensagem escrita aos católicos desde sua
internação, o papa pediu orações e disse que "continua confiante".
"Nos
últimos dias, recebi muitas mensagens de carinho, e fiquei especialmente tocado
pelas cartas e desenhos das crianças", escreveu o papa.
"Obrigado
por esta proximidade e pelas orações de conforto que recebi de todo o mundo!
Entrego todos vocês à intercessão de Maria e peço que rezem por mim",
completou.
No
sábado (22/2), o pontífice foi descrito como "mais debilitado" do que
na sexta-feira e recebeu transfusões de sangue em meio a uma "crise
respiratória prolongada semelhante a asma".
O
líder católico de 88 anos está sendo tratado para pneumonia em ambos os pulmões
no Hospital
Gemelli, em Roma.
As
transfusões de sangue foram consideradas necessárias devido a uma baixa
contagem de plaquetas, associada a anemia, disse o Vaticano.
O
papa pediu transparência sobre seu estado de saúde, então o Vaticano tem
divulgado declarações diárias. O tom e a extensão dos anúncios variam, às vezes
deixando os observadores tentando ler nas entrelinhas.
Na
sexta, os médicos que tratam do papa disseram pela primeira vez que ele estava
respondendo à medicação, embora eles estivessem certos de que sua condição era
"complexa".
Eles
disseram ainda que a menor mudança de circunstância perturbaria o que foi
chamado de "equilíbrio delicado".
"Ele
é o papa", disse um deles. "Mas também é um homem."
Início
da internação
O
papa foi internado pela primeira vez no hospital em 14 de fevereiro após
sentir dificuldades
para respirar por vários dias.
Ele
é especialmente propenso a infecções pulmonares devido ao desenvolvimento de
pleurisia — uma inflamação ao redor dos pulmões — quando adulto e à remoção de
parte de um dos pulmões aos 21 anos.
Durante
seus 12 anos como líder da Igreja Católica Romana, o argentino foi
hospitalizado várias vezes, incluindo em março de 2023, quando passou três
noites no hospital com bronquite.
As
últimas notícias preocupam católicos em todo o mundo, que estão acompanhando de
perto as notícias sobre a condição do papa.
É um
ano de Jubileu movimentado para a Igreja Católica, com um grande número de
visitantes esperados em Roma e uma grande agenda de eventos para o papa.
Ele
não é conhecido por gostar de ficar inativo. Mesmo no hospital, seus médicos
dizem que Francisco foi rezar na capela esta semana e segue lendo em sua
cadeira.
Mas
mesmo antes do último revés, o Vaticano havia dito que ele não apareceria em
público para liderar a oração com os peregrinos no domingo, perdendo o evento
pela segunda semana consecutiva.
Os
simpatizantes deixaram velas, flores e cartas para o papa do lado de fora do
hospital Gemelli, em Roma, durante toda a semana.
Entretanto,
não houve nenhuma mudança do lado de fora da Basílica de São Pedro, no
Vaticano, que seguia sem aglomeração de pessoas na noite de sábado.
Mas
as pessoas que passavam pela praça diziam que estavam acompanhando as notícias.
"Nós
nos sentimos muito próximos do papa, aqui em Roma", disse um italiano à
BBC. "Vimos as últimas novidades e estamos preocupados."
(Fonte:
BBC)
Nenhum comentário:
Postar um comentário