As
oitivas ocorrerão entre os dias 9 e 13 de junho e terão início com os acusados
do chamado “Núcleo 1” da denúncia oferecida pelo procurador-geral da República,
Paulo Gonet. O primeiro a prestar depoimento será Mauro Cid, ex-ajudante de
ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e delator no processo. Bolsonaro será o
sexto a depor, segundo o cronograma estabelecido pelo relator do caso, ministro
Alexandre de Moraes.
Todos
os réus deverão comparecer presencialmente ao plenário da Primeira Turma do
STF. Moraes esclareceu que as medidas cautelares impostas aos acusados
continuam em vigor. “Não há problemas que réus se cumprimentem, mas continuarão
impedidos de conversar. Cada um terá seu espaço reservado”, afirmou o ministro,
deixando claro que a proibição de contato entre os envolvidos será respeitada
durante as audiências.
A decisão do STF de transmitir os depoimentos ao vivo representa um gesto de transparência diante da gravidade das acusações, que envolvem articulações para desestabilizar o regime democrático. A expectativa é que os interrogatórios esclareçam o grau de envolvimento de cada um dos réus na suposta trama golpista e os vínculos entre militares, ex-assessores e o próprio ex-presidente. As transmissões devem atrair ampla atenção pública e midiática, especialmente em relação ao depoimento de Bolsonaro. O ex-presidente é investigado por seu possível papel na tentativa de anular o resultado das eleições de 2022 e convocar uma ruptura institucional. A presença de Bolsonaro diante de Moraes, seu principal opositor no Judiciário, será um momento simbólico do processo.
(Jornal
do Brasil)
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