

A adesão pode ser feitas por intermédio do aplicativo Meu INSS ou presencialmente, nas agências dos Correios. No aplicativo, o interessado deve acessar a aba “Consultar Pedidos”, clicar no item “Cumprir Exigência”, assinalar a opção “Aceito Receber”, localizada no fim da página e, então, clicar em “Enviar”. Não é necessário enviar nenhum documento além dos já apresentados.
Nenhum valor será cobrado do segurado, que receberá o valor devido automaticamente, na mesma conta bancária na qual recebe seu benefício previdenciário.
Os primeiros pagamentos serão liberados no próximo dia 24. A partir daí, o cronograma de ressarcimento prevê pagamentos diários, em lotes de até 100 mil pessoas, até que todos os casos sejam concluídos. O pagamento seguirá a ordem cronológica da adesão ao acordo, ou seja, aqueles que aderirem primeiro ao acordo vão receber primeiro.
Quem recorreu à Justiça, ingressando com ação judicial contra o INSS, também pode aderir ao acordo, mas deverá desistir do processo, para não ser duplamente beneficiado.
Além das adesões espontâneas, o INSS vai fazer contestação automática para beneficiários em situação de vulnerabilidade: pessoas que tinham 80 anos de idade ou mais em março de 2024, indígenas e quilombolas.
“Estamos preocupados com as pessoas mais sujeitas a fraudes. E vamos dar um tratamento diferenciado a essas três situações, de maior vulnerabilidade”, explicou o presidente do INSS, Gilberto Waller, durante entrevista coletiva, nesta quinta-feira (10), na qual ele e o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, detalharam o cronograma do acordo de ressarcimento.
Os aposentados e pensionistas que ainda não contestaram eventuais descontos podem fazê-lo pelo aplicativo Meu INSS, ligando para a central telefônica 135 ou indo pessoalmente a uma agência dos Correios. A princípio, as novas contestações serão aceitas até pelo menos 14 de novembro de 2025 – data que o governo federal ainda vai analisar se precisará ser prorrogada.
A partir da data em que o beneficiário questionar as cobranças, as entidades têm até 15 dias para comprovar que o desconto foi feito legalmente. Caso contrário, os valores cobrados indevidamente serão integralmente restituídos ao beneficiário, pela União – que vem tomando medidas para assegurar a responsabilização das entidades e de seus representantes legais, como a solicitação de bloqueios judiciais de bens e valores.
De acordo com o presidente do INSS, dos cerca de 9,3 milhões de beneficiários consultados, cerca de 3,8 milhões questionaram os descontos de mensalidades associativas em seus benefícios. Desses, pouco mais de 1,86 milhão de aposentados e pensionistas já estão aptos a aderir ao acordo. Os demais ainda estão em processo de análise.
“Se tivéssemos que pagar [restituir os valores
cobrados] 100% das 3,8 milhões de reclamações – o que não é o caso –, o valor
corrigido pelo IPCA daria R$ 2,6 bilhões”, afirmou Waller após o ministro da
Previdência Social comentar que o governo federal deve publicar, nos próximos
dias, uma Medida Provisória (MP) abrindo um crédito extraordinário de cerca de
R$ 3 bilhões no Orçamento deste ano para custear o plano de ressarcimento.
Ainda de acordo com Waller, os R$ 400 milhões
restantes do crédito extraordinário vão servir para, eventualmente, ressarcir a
209 mil vítimas que tinham 80 anos ou mais em março de 2024; 17,79 mil
indígenas e cerca de 38,56 mil quilombolas. “Com isso, chegaríamos a cerca de
4,1 milhões de pessoas atingidas por este golpe.”
Em um vídeo publicado
nas redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
afirmou que o acordo pactuado pelo Ministério da Previdência Social, INSS,
Advocacia-Geral da União (AGU), Defensoria Pública da União (DPU), Ministério
Público Federal (MPF) e Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil e homologado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) garantirá o dinheiro de volta, “integralmente e
corrigido pela inflação”, a milhões de beneficiários do Regime Geral da
Previdência Social.
“A Polícia Federal está investigando e os responsáveis
pelos prejuízos aos aposentados [e pensionistas] serão julgados e punidos.
Afinal, aposentadoria é um direito sagrado”, garantiu Lula.
Conteúdo originalmente publicado em Agência Brasil
(Brasil de Fato)
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