

Os
estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e
Roraima ainda não contam com a representação voltada à proteção das
mulheres e à promoção da igualdade de gênero. “Temos que criar
essas secretarias, e a ideia é que a gente tenha todos os estados com as
secretarias estaduais até o fim do ano”, disse em entrevista à Agência Brasil.
Sistema único
Sobre a
5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres (5ª CNPM), a
ministra destacou que as participantes
priorizaram a implantação do Sistema Nacional de Política para as Mulheres,
a exemplo do Sistema Único de Saúde (SUS), do Sistema Único de Assistência
Social (Suas) e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar (Sisan). “As
mulheres reivindicaram um sistema para que não seja para cada estado fazer o
que quer, da forma como quer.”
Márcia
Lopes explicou que, se o sistema for criado por lei, todos os estados deverão
ter um órgão gestor, fundos públicos, órgãos de controle social, como os
conselhos de direitos da mulher estaduais e municípios, e com garantias.
“[Se criado] será
uma instituição oficial, formal, de uma política pública de Estado,
independente de mandatos, de governos, ela tem que permanecer. Isso é um avanço
e uma deliberação muito importante de ontem.”
Acordos
Ao fim
da conferência, o Ministério das Mulheres assinou o acordo de cooperação técnica com o Ministério da
Justiça e Segurança Pública e a Defensoria Pública para intensificar as ações
de enfrentamento à violência contra as mulheres, dentro das
casas da Mulher Brasileira, além de ampliar os
recursos do Fundo Nacional de Justiça para a construção das novas unidades do
programa. “Vamos intensificar o debate em relação à violência
contra a mulher."
A
ministra lembrou que existe também uma grande demanda pela ampliação
do número de delegacias especializadas no atendimento à mulher.
Marcia
Lopes ainda assinou um acordo de
cooperação técnica com os Correios, para a realização de ações
de enfrentamento à violência contra as mulheres e divulgação do Ligue 180. O
serviço de utilidade pública do governo federal recebe denúncias de
violações contra as mulheres e encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos
competentes, monitorando o andamento dos processos.
O
aplicativo dos Correios já tem conexão direta via WhatsApp ou ligação para o
Ligue 180. A funcionalidade possibilita que as mulheres em
situação de violência possam pedir ajuda por meio do app, sem chamar a atenção
do agressor.
Outro acordo,
firmado com o Ministério da Pesca e Aquicultura, destina R$ 10 milhões
para beneficiar pescadoras artesanais e marisqueiras. “Esse recurso é
para a formação, organização das cooperativas das mulheres pescadoras. Elas são
fundamentais na economia local”, destacou a ministra.
Racismo e
transfobia
Durante
a entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, produzido pelo Canal Gov, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a ministra Márcia
Lopes destacou que nos momentos finais da 5ª CNPM foi
manifestado o repúdio ao racismo e ao preconceito ou ódio direcionado a pessoas
transgênero.
"Nesta
conferência, nós manifestamos, por meio de cartas, o compromisso ético e
político em relação ao racismo, à transfobia e a todos os processos que geram e
reproduzem o preconceito, o machismo e a discriminação."
A
ministra destacou que sua pasta apoia a realização da Marcha das Mulheres
Negras por Reparação e Bem Viver. O ato político será protagonizado por
mulheres negras, em 25 de novembro, na capital federal.
(Ag. Brasil)
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