segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Nobel de Medicina premia descoberta sobre como o sistema imunológico evita atacar o próprio corpo

O Nobel de Medicina de 2025 foi para três cientistas que descobriram como o sistema imunológico diferencia o corpo humano de agentes invasores, evitando ataques ao próprio tecido.

Os americanos Mary Brunkow, 63, e Fred Ramsdell, 64, e o japonês Shimon Sakaguchi, 74, dividirão o prêmio de 11 milhões de coroas suecas, o que equivale a R$ 6,2 milhões, da Assembleia do Nobel no Instituto Karolinska, da Suécia.

A pesquisa dos três revelou a existência das chamadas células T reguladoras, responsáveis por impedir que os linfócitos, que destroem células infectadas e anormais, ataquem as células do corpo humano. “As descobertas foram decisivas para compreendermos como o sistema imunológico funciona e por que nem nós todos desenvolvemos doenças autoimunes graves”, afirma Olle Kämpe, presidente do Comitê Nobel de Medicina.

O Comitê do Nobel também destacou que, com essas descobertas, “os laureados lançaram as bases para o desenvolvimento de tratamentos que podem beneficiar milhões de pessoas”.

Anos antes, em 2001, os pesquisadores Mary Brunkow e Fred Ramsdell descobriram que o gene FOXP3 é responsável por controlar o desenvolvimento e a atividade das células T reguladoras, o que mais tarde foi confirmado por Shimon Sakaguchi. Essas descobertas inauguraram o estudo da tolerância periférica e abriram caminho para novas terapias contra câncer, doenças autoimunes e rejeição em transplantes, algumas já em testes clínicos.

A cerimônia de entrega da premiação ocorrerá em 10 de dezembro, em Estocolmo, data que marca a morte do químico sueco Alfred Nobel (1833–1896). Cada laureado receberá um diploma criado por um artista da Suécia ou da Noruega, além do prêmio em dinheiro. 

(Brasil de Fato)

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