O escolhido “foi eu” ou “fui eu”
A frase correta é: “O escolhido fui eu”. Se o predicativo for nome de pessoa ou pronome pessoal, o verbo ser concorda com ele. Exs.: O escolhido fui eu; As esperanças do time eram o melhor jogador; O responsável por esse projeto sou eu; Os convidados fomos nós.
Se o sujeito for nome de pessoa ou pronome pessoal, o verbo ser deve concordar com ele. Exs.: Eu fui o escolhido; Marcos era a esperança do Palmeiras; Fernando Pessoa é muitos poetas ao mesmo tempo; Eu sou o responsável por tudo nesta obra; Ele é forte, mas não é dois. Se houver dois pronomes pessoais, o verbo ser concorda com o primeiro: Eu não sou você; Ele não é eu; Nós não somos você.
Com o
tempo, ela se tornou “uma carrasca” para o marido
Diga-se: Com o tempo, ela se tornou “um carrasco”
para o marido. Chamam-se substantivos sobrecomuns aqueles que mantêm sempre seu
próprio gênero, não importando se se referem a homens ou a mulheres. Carrasco é
substantivo sobrecomum. Sempre, portanto, masculino, não importando a quem se
aplique: Paulo é um carrasco; Joana é um carrasco.
Veja alguns outros exemplos de substantivos sobrecomuns, com os respectivos gêneros: O algoz, o anjo, o cônjuge, a criança, a criatura, o ente, a fera, o indivíduo, o ídolo, a pessoa, o ser, a testemunha, o verdugo, a vítima, etc.
Handicap
(Qual o verdadeiro significado?)
Esse anglicismo (palavra inglesa) significa, em rigor, qualquer desvantagem que torna o sucesso mais difícil: A seleção brasileira de futebol ganhou cinco campeonatos mundiais com o handicap de campo e torcida. O principal handicap da Hyundai é a falta de imagem da marca. Pronuncia-se: Réndikèp. Essa palavra, ao pé da letra, significa: mão no boné. A crônica esportiva brasileira só usa como “vantagem”. Infelizmente.
“Viva” os brasileiros
Embora todo mundo use “Viva” como se fosse uma interjeição, trata-se de um verbo, sujeito, portanto, a variações. Salve! é que é interjeição e não varia nunca. Se o sujeito do verbo viver, em frases assim, estiver no plural, o verbo deverá naturalmente acompanhá-lo. Portanto: Vivam os brasileiros! Viva eu! Viva ela! Vivam as férias! Vivamos nós, brasileiros! Vivam os políticos brasileiros!
Gíria,
calão e jargão (qual a diferença?)
Gíria é linguagem pitoresca do vulgo. Calão é a gíria de gente ordinária, configurada nos palavrões e na expressão de baixo nível. Jargão é a fala popular complicada, difícil de entender. Também é a linguagem própria de certos grupos ou profissões; é a gíria profissional. Ex.: No jargão jornalístico, foca é o jornalista novato.
É capaz
/ É possível
É peculiaridade da linguagem popular o emprego de “capaz”, na acepção de “possível”, “provável”, em frases do tipo: Hoje é capaz que o tempo melhore; Hoje é capaz que chova. Na língua culta se dirá: Hoje é possível (ou provável) que chova; É possível (ou provável) que falte água; Hoje é possível (ou provável) que faça muito frio.
Horário de “pique”
O
trânsito fica insuportável em São Paulo, no Rio e nas grandes cidades nos horários
de pico. Mas há pessoas que, quando abrem a boca, vão a pique...
(*) Professor Antônio da Costa é graduado em Letras Plenas, com
Especialização em Língua Portuguesa e Literatura, na Universidade Estadual Vale
do Acaraú (UVA). Contatos: (088) 99373-7724.
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