Esses, sim!!!
Plagiando a vinheta do meu Programa dominical na
Educadora FM 107,5, creio que é sempre salutar e oportuno trazer à tona certos
temas palpitantes. O objetivo é conhecer suas origens no passado, para
compreender melhor seu reflexo no presente, a fim de discutir, de forma
equilibrada e inteligente, e projetar ações que inibam acontecer os mesmos
erros no futuro.
Dentre os que merecem esse tratamento destaco a questão racial no Brasil. Primeiro, por ser tema atualíssimo; segundo, para lembrar que a comemoração do Dia da Consciência Negra (20/11) e, em terceiro lugar, por insistir para que haja mais reconhecimento e divulgação dos bons exemplos do passado e do presente.
Pais mais
conscientes e preocupados com filhos persistem em discutir sobre alguns ídolos
apresentados à nossa juventude. Lamentam o fato de os brasileiros em formação
carecerem demasiadamente de boas referências, de figuras que possam contribuir
na descoberta de vocações e que colaborem no direcionamento de suas vidas.
Chegam a citar, ainda, o desinteresse dessa garotada em aprofundar a busca
desses vultos, subutilizando, inclusive, o que nos possibilita a
Internet.
Mas será mesmo pequena a quantidade de
bons exemplos no País? O desinteresse em procurá-los, descobri-los será apenas
dos jovens? E, ainda: qual a influência da mídia nesse questionamento?
Creio que, procurando, ainda são
encontrados muitos bons exemplos em todos os segmentos da sociedade. Agora, estimular
essa busca compete à família, que se deve munir de conhecimento da vida e obra
dos grandes vultos do passado e do presente dignos de mais reconhecimento e
divulgação.
Por outro lado, pais, educadores e
formadores de opinião deveriam demonstrar de forma clara a diferença entre os
verdadeiros e os falsos exemplos. Devem insistir no desmascaramento de certos
tipos de “heróis, famosos, modelos a serem seguidos”, tais como alguns atores,
cantores, jogadores, políticos, profissionais liberais, ex-BBB´s e,
ultimamente, influenciadores (sintam o peso dessa palavra!), etc. Muitos desses
são, com as devidas exceções, os “maus exemplos” hoje produzidos pela parte
irresponsável e nociva da mídia. Vale salientar que nessa área (mídia) há
também quem se propõe a trabalhar para o bem da sociedade. Só que sua intenção
quase sempre é sufocada pelos que defendem interesses financeiros e escusos.
Já que se aproxima o Dia Nacional da
Consciência Negra (20/11), relembro aqui apenas três nomes - três exemplos de
vida - que também lutaram pela liberdade tão sonhada pelo herói Zumbi dos
Palmares (1655 -1695).
Obviamente existem outros nomes
merecedores de inclusão neste pequeno comentário, inclusive em nível mundial.
Mas deixo para o leitor a tarefa de acrescentá-los.
Negro Cosme
Em nível local, destaco Cosme Bento das Chagas (1800 - 1842), conhecido como Negro Cosme, escravo livre que nasceu em Sobral (CE) e daqui saiu para ser líder na Balaiada (1838-1840), rebelião ocorrida no Maranhão. Negro Cosme comandou mais de 3.000 revoltosos e lutou até o fim por sua causa. Terminou preso e enforcado em praça pública em Itapecuru-Mirim (MA), em 20 de setembro de 1842.
Maria Tomásia
Já Maria
Tomásia Figueira Lima (1826-1902),
foi uma sobralense, que lutou a vida inteira pela libertação dos escravos. Foi
cognominada “A Libertadora”, pois durante o dia, em Fortaleza (CE), arrecadava
fundos para comprar e libertar escravos; à noite, ajudava companheiros a
“roubar” escravos de senzalas e os libertava.
Luiz Gama
Em nível nacional, ressalto o
extraordinário Luiz Gonzaga Pinto da Gama
(1830 - 1882), negro baiano, que, apesar de filho de mãe negra livre e pai
branco, tornou-se escravo aos 10 anos, após ser vendido pelo pai endividado
(jogos). Luiz Gama alfabetizou-se aos 17 anos; atuou em várias profissões e
como autodidata tornou-se rábula, jornalista, escritor, poeta e orador famoso
que fez sua própria defesa, conquistando judicialmente sua liberdade. Líder dos
republicanos e maçom respeitado, elegeu o fim da escravidão negra no Brasil uma
de suas metas principais, chegando a libertar mais de quinhentos negros sem
cobrar nada. Luiz da Gama morreu de diabetes aos 52 anos, pouco antes de ver
seus sonhos concretizados: Abolição da Escravatura (1888) e Proclamação da
República (1899).
Depois dessa rápida amostragem, arrisco
dizer sem receio de incorrer em erro que esses, sim, são autênticos exemplos a
seguir. E da dimensão deles muitos outros existem nesses imenso Brasil (homens
e mulheres).
Só falta quem os reconheça e os
divulgue mais. Principalmente aqueles remanescentes da camada mais humilde e
menos lembrada da sociedade.
E mais: É imprescindível que sejamos um
desses reconhecedores e divulgadores dos grandes exemplos!
Pense nisso!
***********
Nem e nem
Amanhã
será realizado a segunda prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em
1,7 mil cidades brasileiras. No caso particular de Sobral, dois conselhos: NEM
sair tarde de casa para locais de prova e NEM transitar (a pé, de carro ou de
moto) sem a máxima atenção. Motivo: O “desembesto” (principalmente
de mototaxistas) no trânsito será grande.
Antes
que esqueça
Um dos sinais da temível e terrível Doença de Alzheimer é o esquecimento, principalmente de fatos recentes. Mas ninguém também considera discriminação dizer “DEU UM BRANCO”, quando alguém esquece alguma coisa. Por quê, hein?
“Axo que paçei”
Foi o que escreveu um jovem a respeito de um teste a que se submetera para um emprego. Dada nossa intimidade, respondi: Se quem for avaliar os candidatos conhecer pelo menos um pouquinho do nosso idioma, tenho certeza de que você “irá passar, sim”... Mas bem longe dessa empresa. É o “internetês” deturpando o Português. A frase do jovem lembra o que Noel Rosa (1910-1937) cita no samba “Feitio de oração”: “Quem acha vive se perdendo...”
Desrespeito
Constata-se isso em muitos órgãos públicos que, num dia como o da Bandeira Nacional (19/11), não atentam para a obrigação de hastearem o pavilhão nacional, por exemplo. Ou, quando o fazem, realizam em desacordo com as normas. É fácil comprovar hasteamento por pessoas mal trajadas; fora do horário; bandeira danificada, etc. De olho nisso!
Sem culpa
Os símbolos nacionais não têm nada a ver com a onda de corrupção e desmandos da atualidade. Nem podem ser apenados pela prática pela irresponsabilidade de alguns brasileiros. Enfim, os símbolos nacionais representam a identidade brasileira e cada um tem seu significado e SUA importância. Saber disso e ensinar a quem não sabe é dever de todo bom brasileiro.
Pérolas
do rádio
A fome de microfone só se assemelhava à de iniciantes no
rádio. A empolgação era tanta que o radialista não conseguia dar atenção ao
sonoplasta, mesmo que insistisse em repassar um aviso urgente. Enfurecido, o
locutor bradou: “Tu tá querendo dizer o quê?”
Com a calma que lhe é peculiar seu colega falou: “Quero só informar que há mais de dez minutos a rádio está fora do ar”.
Domingo
na Educadora (www.radioeducadora950.com.br)
A gente se encontra amanhã, às 10h30, no Programa Artemísio da Costa na Educadora FM 107,5. Notícias, entrevistas, reportagens, curiosidades e a música de boa qualidade. Ligue e participe: 3611-1550 / 3611-2496.
LEIA, CRITIQUE E SUGIRA
www.artemisiodacosta.blogspot.com






Nenhum comentário:
Postar um comentário