sexta-feira, 21 de novembro de 2025

POUCAS E BOAS - artemisiodacosta@hotmail.com (Do Jornal Correio da Semana - Sábado - Sobral - 22.11.25)

Vicente Lopes lança “Paredes do Tempo 

No dia 6 de dezembro (sábado) estará sendo lançado nas principais plataformas de streaming o novo trabalho de Vicente Lopes, cantor e compositor sobralense. Intitulado “Paredes do Tempo”, o novo álbum contém sete músicas inéditas, com exceção de Lagoa de Aluá. 

Além dos parceiros Ednardo e Climério (Lagoa de Aluá e Milagre), Vicente Lopes conta também com Alan Mendonça (Coração Correnteza e De Formas Naturais), e Heitor de Pedra Azul (Paredes do Tempo, O Olho da Noite e Os Tempos do Tempo).

O artista

Filho de Alaíde Lopes Frota e José Agobar Frota, Vicente Lopes nasceu no dia 15 de junho de 1954, em Sobral (CE), onde fez sua vida escolar nas Escolas Reunidas Dr. Ribeiro Ramos e Colégio Sobralense. O músico relembra e agradece os esforços dos seus pais, bem como a contribuição de grandes mestres, como Pe. Osvaldo Chaves e outros, que o ajudaram na formação educacional, contribuindo fortemente no sucesso em concursos e vestibulares a que se submeteu. 

Em 1998, na Paraíba, concluiu o curso de Engenharia Civil (UFPB), tendo trabalhado naquela capital trabalhou como Engenheiro fiscal de Edificações na Companhia Estadual de Habitação Popular -  CEHAP (João Pessoa). Atualmente atua na Gerência Regional da Cogerh de Sobral, como Analista em Gestão de Recursos Hídricos, onde assumiu o cargo de gerente no período de 2001 a 2014. É casado com Margareth Maria Lima Frota desde 1983, com quem tem a filha Liana Lima Frota. 

Vicente Lopes (VL) concedeu entrevista a Artemísio da Costa, do Correio da Semana (CS), na qual falou sobre propensão para a música, trajetória, dificuldades, conquistas, trabalho atual e planos para o futuro. Acompanhe! 

CS: Quando descobriu a vocação para a música?

VL: A veia artística é coisa nata, tendo sido herdada do bisavô materno, de Uruoca (Riachão), que tocava rabeca. 

CS: Quando ocorreu o despertar artístico e em quem se inspirou?

VL: Comecei a tocar violão na adolescência, em Sobral, em praça pública nas rodas de amigos, movido pelos embalos da Jovem Guarda. No entanto, sob o ponto de vista artístico, da composição, a minha base inspiradora foi Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. A própria voz do Rei do Baião, já era, para mim, uma poesia imensa que me tocava profundamente. Mas sempre tive fascínio pela boa música, nunca gostei das apelações. 

CS: Que lembranças musicais traz na memória?

VL: Lembro, ainda menino, de ir assistir aos festivais de sanfoneiros no auditório da Rádio Tupinambá, sob o comando do Guajará Cialdine. Era fascinante ver o duelo dos 120 baixos de Gerardo Ferreira com os 8 baixos de Raimundo Pedro.  

CS: Qual o instrumento preferido?

VL: Meu instrumento é o violão. Como autodidata, não tive, naquela época, paciência, disciplina para estudar a música academicamente. 

CS: Quais suas influências musicais?

VL: No início, quando comecei a tocar e cantar, perseguia os artistas/conjuntos da Jovem Guarda que faziam grande sucesso com a juventude da época. Porém, comecei a tomar consciência e apreciar uma outra dimensão estética a partir do advento dos grandes festivais de âmbito nacional, transmitidos pela recém implantada Televisão (Festival Internacional da Canção, Festivais da Record, etc), assim como a partir dos programas do Pessoal do Ceará, na TV Ceará. Porém, ao ingressar na universidade (UFC), essa consciência se aguçou, inclusive, sob o ponto de vista de uma percepção mais politizada da música. 

CS: Quando e onde se apresentou pela primeira vez em público?

VL: Lembro que a primeira vez que toquei e cantei em público foi em 1972, no FIC-Festival Intercolegial da Canção, promovido pelo Colégio Sobralense. Não lembro o nome da música. Mas no campo da composição, para mim, a minha primeira música foi “Canto do Cisne’”, que cantei no I Festival do Mandacaru realizado no Teatro São João em1975. 

CS: Como avalia o famoso Festival do Mandacaru?

VL: Considero o Festival do Mandacaru um marco na história recente da cena artístico musical de Sobral.  Fui vencedor das três primeiras versões com Canto do Cisne, Anonimato e Vira Vento, em 1977.  

CS: Conta com método especial ou fonte de inspiração para compor?

VL: O processo de criação, geralmente, surge de uma ideia, às vezes, de maneira imprevisível. Dependendo da necessidade, no entanto, faz-se necessário estabelecer uma rotina de trabalho que requer afinco e dedicação. Atualmente não componho sob pressão. Aliás, quando envolve parceiros, este processo pode se tornar mais animado ou mais lento. Vai depender de cada situação, da expectativa gerada. 

CS: Chegou a se aliar a movimentos musicais ou grupos de artistas para segui-los?

VL: Eu não faço parte de movimentos musicais. A minha geração veio imediatamente após os artistas cearenses (Pessoal do Ceará). Saí de Sobral e fui morar em Fortaleza em 1973 para fazer o “cursinho”.  Em 1974 ingressei no curso de Engenharia Elétrica. Nessa época conheci companheiros que também trilhavam o caminho da música e que se tornaram grandes amigos até hoje. 

CS: Quando e onde se apresentou pela primeira vez como artista?

VL: A primeira vez que participei de um show artisticamente, foi no Teatro do IBEU em Fortaleza, em 1976.  O título do show era o de uma música do Belchior: Rodagem. Quem estava à frente da produção desse show era os irmãos, Caio e Graco, Casa Verde. Depois levamos este show para o TSJ e Teatro 7 de setembro em Teresina. 

CS: Quais suas principais composições e parceiros?

VL: Quanto às músicas que compus, posso citar algumas:  Lagoa de Aluá (CBS), em parceria com Ednardo, e Climério; Remanso, em parceria com Clésio Ferreira (CBS); Delírio (em parceria com Brandão), Canção de Caminhão, (com Fausto Nilo); Nascente, Vira Vento. Além dessas, as que apresento nesse meu novo trabalho, em que apresento os novos parceiros: Heitor de Pedra Azul e Alan Mendoça. 

CS: Possui quantos trabalhos já publicados?

VL: O primeiro trabalho solo que gravei foi na Polygram, um Compacto simples, contendo Lagoa de Aluá e Vira Vento. Depois gravei um CD denominado “Nascente” e agora meu novo álbum “Paredes do Tempo”. Porém participei do álbum duplo Massafeira Livre (CBS) e tenho músicas gravadas pelo Ednardo e pelos irmãos piauienses, Clesio Clodo e Climério. 

CS: Como concilia carreira profissional (engenheiro) com a artística?

VL: A música é inseparável, é como uma sombra. Ela sempre me acompanha, graças a Deus. A minha relação, atualmente, é bem mais tranquila, sem pressão. Porém, isto não significa que eu não tenha compromisso com ela. Quando eu me proponho a realizar qualquer coisa envolvendo música, eu me doo bastante. Mas, infelizmente, nem sempre podemos contar com uma estrutura adequada. E é aí onde reside o grande problema da produção. 

CS: Em “Paredes do Tempo” que ritmos foram contemplados?

VL: O álbum encerra um conceito estético musical plural, fundido em uma ”poética pessoal”. A diversidade rítmica perpassa o baião, maracatu, reggae e o rock em um contexto poético contendo mensagem de cunho social, questionado, reflexivo sobre o sentido da vida e de celebração. 

CS: Que profissionais participaram das gravações desse álbum?

VL: Atualmente estou dedicado à fase de pré-lançamento do meu novo álbum Paredes do Tempo, compreendendo sete músicas inéditas (exceto Lagoa de Aluá). O disco foi gravado em Sobral, no estúdio do Beto Brandão. Os arranjos, direção musical e execução das guitarras e violões, ficou a cargo do guitarrista Mimi Rocha. Contamos também com grandes músicos sobralenses: Artur Paiva (piano), Naim e Renne (baixo), Danilo (bateria), Leleh (percussão). Ainda tivemos as participações do violoncelista sobralense Bruno Ponte e de Tchesco Carvalho na flauta, afora um naipe de metal que foi gravado em Fortaleza, em Lagoa de Aluá. A mixagem e masterização também foi feita em Sobral, pelo jovem baterista Danilo. 

CS: Qual a previsão para ser lançado oficialmente?

VL: O lançamento oficial está marcado para o próximo dia 6 de dezembro, nas principais plataformas de streamings. Vale salientar que este projeto é fruto do 13° Edital Ceará das Artes, tendo sido executado, portanto, com recursos oriundos da Lei Paulo Gustavo (Lei Federal nº 195/2022, através da SECULT/CE. 

CS: - Em seus planos há previsão de apresentações na cidade de Sobral e/ou fora dela?

VL: Confesso que a minha maior expectativa, agora, é fazer o lançamento desse trabalho no Teatro São João, onde iniciei minha trajetória artística.  Além disto, estou sentindo falta de contato com o público.  Depois de tanto tempo de estrada, de ter atravessado tempos obscuros de pandemia, a realização desse show “Paredes do Tempo”, será um momento de celebração. O projeto desse evento já está pronto e a minha expectativa é de executá-lo em fevereiro de 2026, antes do carnaval. 

CONTATO COM VICENTE LOPES:

Telefone: (88) 99289-7316

E-mail: vicentelopesf@gmail.com

Instagram: @vicente.lopesf 

DOMINGO NA EDUCADORA (www.radioeducadora950.com.br)

Neste domingo (23), Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950, com notícias, reportagens, curiosidades, música de boa qualidade. Destaque: Entrevista com o cantor e compositor sobralense, VICENTE LOPES

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