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Lopes lança “Paredes do Tempo”.jpg)
No dia 6 de dezembro (sábado) estará sendo lançado nas principais plataformas de streaming o novo trabalho de Vicente Lopes, cantor e compositor sobralense. Intitulado “Paredes do Tempo”, o novo álbum contém sete músicas inéditas, com exceção de Lagoa de Aluá.
Além dos parceiros Ednardo e Climério (Lagoa de Aluá e Milagre), Vicente Lopes conta também com Alan Mendonça (Coração Correnteza e De Formas Naturais), e Heitor de Pedra Azul (Paredes do Tempo, O Olho da Noite e Os Tempos do Tempo).
O artista
Filho de Alaíde Lopes Frota e José Agobar Frota, Vicente Lopes nasceu no dia 15 de junho de 1954, em Sobral (CE), onde fez sua vida escolar nas Escolas Reunidas Dr. Ribeiro Ramos e Colégio Sobralense. O músico relembra e agradece os esforços dos seus pais, bem como a contribuição de grandes mestres, como Pe. Osvaldo Chaves e outros, que o ajudaram na formação educacional, contribuindo fortemente no sucesso em concursos e vestibulares a que se submeteu.
Em 1998, na Paraíba, concluiu o curso de Engenharia Civil (UFPB), tendo trabalhado naquela capital trabalhou como Engenheiro fiscal de Edificações na Companhia Estadual de Habitação Popular - CEHAP (João Pessoa). Atualmente atua na Gerência Regional da Cogerh de Sobral, como Analista em Gestão de Recursos Hídricos, onde assumiu o cargo de gerente no período de 2001 a 2014. É casado com Margareth Maria Lima Frota desde 1983, com quem tem a filha Liana Lima Frota.
Vicente Lopes (VL) concedeu entrevista a Artemísio da Costa, do Correio da Semana (CS), na qual falou sobre propensão para a música, trajetória, dificuldades, conquistas, trabalho atual e planos para o futuro. Acompanhe!
CS:
Quando descobriu a vocação para a música?
VL: A veia artística é coisa nata, tendo sido herdada do bisavô materno, de Uruoca (Riachão), que tocava rabeca.
CS:
Quando ocorreu o despertar artístico e em quem se inspirou?
VL: Comecei a tocar
violão na adolescência, em Sobral, em praça pública nas rodas de amigos, movido
pelos embalos da Jovem Guarda. No entanto, sob o ponto de vista artístico, da
composição, a minha base inspiradora foi Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. A
própria voz do Rei do Baião, já era, para mim, uma poesia imensa que me tocava
profundamente. Mas sempre tive fascínio pela boa música, nunca gostei das
apelações.
CS: Que
lembranças musicais traz na memória?
VL: Lembro, ainda
menino, de ir assistir aos festivais de sanfoneiros no auditório da Rádio
Tupinambá, sob o comando do Guajará Cialdine. Era fascinante ver o duelo dos
120 baixos de Gerardo Ferreira com os 8 baixos de Raimundo Pedro.
CS: Qual o instrumento preferido?
VL: Meu instrumento é
o violão. Como autodidata, não tive, naquela época, paciência, disciplina para
estudar a música academicamente.
CS: Quais
suas influências musicais?
VL: No início, quando
comecei a tocar e cantar, perseguia os artistas/conjuntos da Jovem Guarda que
faziam grande sucesso com a juventude da época. Porém, comecei a tomar
consciência e apreciar uma outra dimensão estética a partir do advento dos
grandes festivais de âmbito nacional, transmitidos pela recém implantada
Televisão (Festival Internacional da Canção, Festivais da Record, etc), assim
como a partir dos programas do Pessoal do Ceará, na TV Ceará. Porém, ao ingressar
na universidade (UFC), essa consciência se aguçou, inclusive, sob o ponto de
vista de uma percepção mais politizada da música.
CS:
Quando e onde se apresentou pela primeira vez em público?
VL: Lembro que a primeira vez que toquei e cantei em público foi em 1972, no FIC-Festival Intercolegial da Canção, promovido pelo Colégio Sobralense. Não lembro o nome da música. Mas no campo da composição, para mim, a minha primeira música foi “Canto do Cisne’”, que cantei no I Festival do Mandacaru realizado no Teatro São João em1975.
CS: Como
avalia o famoso Festival do Mandacaru?
VL: Considero o
Festival do Mandacaru um marco na história recente da cena artístico musical de
Sobral. Fui vencedor das três primeiras
versões com Canto do Cisne, Anonimato e Vira Vento, em 1977.
CS: Conta
com método especial ou fonte de inspiração para compor?
VL: O processo de
criação, geralmente, surge de uma ideia, às vezes, de maneira imprevisível.
Dependendo da necessidade, no entanto, faz-se necessário estabelecer uma rotina
de trabalho que requer afinco e dedicação. Atualmente não componho sob pressão.
Aliás, quando envolve parceiros, este processo pode se tornar mais animado ou
mais lento. Vai depender de cada situação, da expectativa gerada.
CS:
Chegou a se aliar a movimentos musicais ou grupos de artistas para segui-los?
VL: Eu não faço parte
de movimentos musicais. A minha geração veio imediatamente após os artistas
cearenses (Pessoal do Ceará). Saí de Sobral e fui morar em Fortaleza em 1973
para fazer o “cursinho”. Em 1974
ingressei no curso de Engenharia Elétrica. Nessa época conheci companheiros que
também trilhavam o caminho da música e que se tornaram grandes amigos até hoje.
CS:
Quando e onde se apresentou pela primeira vez como artista?
VL: A primeira vez que participei de um show artisticamente, foi no Teatro do IBEU em Fortaleza, em 1976. O título do show era o de uma música do Belchior: Rodagem. Quem estava à frente da produção desse show era os irmãos, Caio e Graco, Casa Verde. Depois levamos este show para o TSJ e Teatro 7 de setembro em Teresina.
CS:
Quais suas principais composições e parceiros?
VL: Quanto às músicas que compus, posso citar algumas: Lagoa de Aluá (CBS), em parceria com Ednardo, e Climério; Remanso, em parceria com Clésio Ferreira (CBS); Delírio (em parceria com Brandão), Canção de Caminhão, (com Fausto Nilo); Nascente, Vira Vento. Além dessas, as que apresento nesse meu novo trabalho, em que apresento os novos parceiros: Heitor de Pedra Azul e Alan Mendoça.
CS:
Possui quantos trabalhos já publicados?
VL: O primeiro
trabalho solo que gravei foi na Polygram, um Compacto simples, contendo Lagoa
de Aluá e Vira Vento. Depois gravei um CD denominado “Nascente” e agora meu
novo álbum “Paredes do Tempo”. Porém
participei do álbum duplo Massafeira Livre (CBS) e tenho músicas gravadas pelo
Ednardo e pelos irmãos piauienses, Clesio Clodo e Climério.
CS: Como
concilia carreira profissional (engenheiro) com a artística?
VL: A música é
inseparável, é como uma sombra. Ela sempre me acompanha, graças a Deus. A minha
relação, atualmente, é bem mais tranquila, sem pressão. Porém, isto não
significa que eu não tenha compromisso com ela. Quando eu me proponho a
realizar qualquer coisa envolvendo música, eu me doo bastante. Mas,
infelizmente, nem sempre podemos contar com uma estrutura adequada. E é aí onde
reside o grande problema da produção.
CS: Em “Paredes
do Tempo” que ritmos foram contemplados?
VL: O álbum encerra
um conceito estético musical plural, fundido em uma ”poética pessoal”. A
diversidade rítmica perpassa o baião, maracatu, reggae e o rock em um contexto
poético contendo mensagem de cunho social, questionado, reflexivo sobre o
sentido da vida e de celebração.
CS: Que
profissionais participaram das gravações desse álbum?
VL: Atualmente estou
dedicado à fase de pré-lançamento do meu novo álbum Paredes do Tempo, compreendendo
sete músicas inéditas (exceto Lagoa de Aluá). O disco foi gravado em
Sobral, no estúdio do Beto Brandão. Os arranjos, direção musical e execução das
guitarras e violões, ficou a cargo do guitarrista Mimi Rocha. Contamos também
com grandes músicos sobralenses: Artur Paiva (piano), Naim e Renne (baixo),
Danilo (bateria), Leleh (percussão). Ainda tivemos as participações do
violoncelista sobralense Bruno Ponte e de Tchesco Carvalho na flauta, afora um
naipe de metal que foi gravado em Fortaleza, em Lagoa de Aluá. A mixagem e
masterização também foi feita em Sobral, pelo jovem baterista Danilo.
CS: Qual
a previsão para ser lançado oficialmente?
VL: O lançamento
oficial está marcado para o próximo dia 6 de dezembro, nas principais
plataformas de streamings. Vale salientar que este projeto é fruto do 13°
Edital Ceará das Artes, tendo sido executado, portanto, com recursos oriundos
da Lei Paulo Gustavo (Lei Federal nº 195/2022, através da SECULT/CE.
CS: - Em
seus planos há previsão de apresentações na cidade de Sobral e/ou fora dela?
VL: Confesso que a minha maior expectativa, agora, é fazer o lançamento desse trabalho no Teatro São João, onde iniciei minha trajetória artística. Além disto, estou sentindo falta de contato com o público. Depois de tanto tempo de estrada, de ter atravessado tempos obscuros de pandemia, a realização desse show “Paredes do Tempo”, será um momento de celebração. O projeto desse evento já está pronto e a minha expectativa é de executá-lo em fevereiro de 2026, antes do carnaval.
CONTATO COM VICENTE
LOPES:
Telefone: (88) 99289-7316
E-mail: vicentelopesf@gmail.com
Instagram: @vicente.lopesf
DOMINGO NA EDUCADORA (www.radioeducadora950.com.br)
Neste domingo (23), Programa Artemísio da Costa na Educadora AM 950, com notícias, reportagens, curiosidades, música de boa qualidade. Destaque: Entrevista com o cantor e compositor sobralense, VICENTE LOPES.
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