segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Somente agora Ministro da Educação reconhece falhas no ensino médio


É a “grande descoberta” da maioria dos ocupantes saintes de cargos importantes ou dos que se desvinculam dos mandatários maiores. Passam anos e anos lado a lado, com fidelidade tão canina que não enxergam de jeito nenhum os defeitos daqueles para quem trabalham ou de quem são aliados.  

É o caso de Fernando Hadad (foto) e de muitos outros que atuam nas esferas nacional, estadual e federal. Eis um motivo mais que plausível para a justiça começar a arrolar essas figuras no processo de investigação, condenando-os, caso mereçam. Se de tudo compartilhavam, sabendo que havia erro, o que mais falta para caracterizar cumplicidade?
Prestes a deixar o governo para disputar a Prefeitura de SP, o ministro Fernando Haddad (Educação) reconhece que não conseguiu avançar como queria no ensino na área rural e no acesso de jovens ao ensino médio.

Após quase sete Haddad diz que os problemas no Enem desde 2009 foram "pontuais". Em relação à qualidade de ensino -no ensino médio, 29% dos estudantes têm o conhecimento esperado em português -, Haddad diz que antes havia uma tendência de piora. "Algo que gostaria de ter feito mais seria na educação no campo, a pescadores, quilombolas, indígenas e população ribeirinha", disse à Folha na semana passada. São nessas populações que persiste, em grande parte, o analfabetismo, hoje em 9%, segundo o IBGE -a meta era zerar o percentual.

O ministro reconheceu ser insuficiente o número de matrículas no ensino médio -menos da metade das pessoas com 19 anos terminaram o antigo colegial. "A partir dos 15 anos, a matrícula não é obrigatória. A obrigatoriedade só entra em vigor em 2016. A prioridade desse jovem é o mercado de trabalho."

De pontos positivos da gestão, o ministro citou a entrega de 126 campi universitários federais, 214 escolas técnicas, 552 polos de educação a distância e melhora no Ideb (indicador de qualidade do ensino básico). Apontou também o aumento das matrículas no ensino superior, de 3 milhões para 6,5 milhões, ainda que a maior parte tenha sido na rede privada, por meio do ProUni (bolsas a alunos carentes) e Fies (financiamento estudantil). (Com inform. da Folha de Sao Paulo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário