É a “grande descoberta” da maioria
dos ocupantes saintes de cargos importantes ou dos que se desvinculam dos
mandatários maiores. Passam anos e anos lado a lado, com fidelidade tão canina
que não enxergam de jeito nenhum os defeitos daqueles para quem trabalham ou de
quem são aliados.
É o caso de Fernando Hadad (foto) e de muitos outros que atuam nas esferas nacional, estadual e federal. Eis um motivo
mais que plausível para a justiça começar a arrolar essas figuras no processo
de investigação, condenando-os, caso mereçam. Se de tudo compartilhavam, sabendo
que havia erro, o que mais falta para caracterizar cumplicidade?
Prestes a deixar o governo para disputar a
Prefeitura de SP, o ministro Fernando Haddad (Educação) reconhece que não
conseguiu avançar como queria no ensino na área rural e no acesso de jovens ao
ensino médio.
Após quase sete Haddad diz que os problemas no Enem
desde 2009 foram "pontuais". Em relação à qualidade de ensino -no
ensino médio, 29% dos estudantes têm o conhecimento esperado em português -,
Haddad diz que antes havia uma tendência de piora. "Algo que gostaria de
ter feito mais seria na educação no campo, a pescadores, quilombolas, indígenas
e população ribeirinha", disse à Folha na semana passada. São nessas
populações que persiste, em grande parte, o analfabetismo, hoje em 9%, segundo
o IBGE -a meta era zerar o percentual.
O ministro reconheceu ser insuficiente o número de
matrículas no ensino médio -menos da metade das pessoas com 19 anos terminaram
o antigo colegial. "A partir dos 15 anos, a matrícula não é obrigatória. A
obrigatoriedade só entra em vigor em 2016. A prioridade desse jovem é o mercado
de trabalho."
De pontos positivos da gestão, o ministro citou a
entrega de 126 campi universitários federais, 214 escolas técnicas, 552 polos
de educação a distância e melhora no Ideb (indicador de qualidade do ensino básico).
Apontou também o aumento das matrículas no ensino superior, de 3 milhões para
6,5 milhões, ainda que a maior parte tenha sido na rede privada, por meio do
ProUni (bolsas a alunos carentes) e Fies (financiamento estudantil). (Com inform. da Folha de Sao Paulo)
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